O prefeito anunciou a nova tarifa para o dia 2 de junho. Ela ficou em R$ 3,20, abaixo da previsão de muitos analistas, que apontavam o valor de R$ 3,40.
Mesmo assim, muitos paulistanos irão reclamar. R$ 0,20 a mais por passagem podem parecer irrisórios, mas quem faz 50 percursos por mês, considerando cada percurso formado por até três baldeações de ônibus, será tungado em mais R$ 10,00. Além disso, R$ 3,20 é uma das passagens mais caras do país, embora isso tenha justificativa: São Paulo é um município muito grande, onde a distância entre um ponto a outro supera os 60 km, como entre Parelheiros, na extrema zona sul, e Guaianazes, na extrema zona leste.
Veja o gráfico dos valores ao longo dos anos, desde a gestão Maluf, quando os reajustes mensais (isso mesmo, MENSAIS, conforme mostra o site do SPTrans) foram substituídos por anuais com o advento do Plano Real, em 1994:
Apesar de todas as críticas feitas contra os aumentos, pode-se dizer que eles foram até moderados, e isso desconsiderando a inflação no período. Boa parte da explicação se deve à política de subsídios dados às empresas. Em 2012, R$ 953 milhões foram gastos em incentivos à custa dos impostos municipais que NÓS pagamos. É o maior valor da história, superando o antigo recorde de R$ 808 milhões de 2009 decorrente do longo período sem reajuste entre novembro de 2006 e janeiro de 2010, durante a gestão Kassab. Comparando os valores de 2009 e 2012, nota-se um aumento de quase 18%, praticamente acompanhando a inflação oficial (IPCA) do período. Mesmo com o reajuste a vigorar em junho, esse gasto irá aumentar ainda mais em 2013.
Não é só a prefeitura que gasta mal: os consórcios de ônibus aproveitam porcamente os recursos ganhos. Eles alegam que estão tendo prejuízo com o sistema de Bilhete Único, instituído no final da gestão Marta e mantido por Serra, Kassab e o atual prefeito. Apesar da renovação da frota, é muito comum ver ônibus quebrados por falta de manutenção, além de problemas crônicos como o excesso de passageiros por veículo mesmo fora dos horários de pico e a irregularidade dos horários.
Não é só a prefeitura que gasta mal: os consórcios de ônibus aproveitam porcamente os recursos ganhos. Eles alegam que estão tendo prejuízo com o sistema de Bilhete Único, instituído no final da gestão Marta e mantido por Serra, Kassab e o atual prefeito. Apesar da renovação da frota, é muito comum ver ônibus quebrados por falta de manutenção, além de problemas crônicos como o excesso de passageiros por veículo mesmo fora dos horários de pico e a irregularidade dos horários.
Por fim, um alerta para os usuários de ônibus: em 2014, a Prefeitura disse que vai aumentar o preço da passagem novamente. Haddad não vai fazer como Marta Suplicy, que aumentou a tarifa só em anos não-eleitorais para beneficiar Lula.
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