quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O novo modelo proposto do ensino municipal

A gestão Haddad não é só marcada por obras bem intencionadas mas que denotam falta de conhecimento da cidade, como a implantação de novos corredores de ônibus que roubaram espaço dos automóveis. Também, para ser justo, esta prefeitura não vai ser lembrada apenas pelos buracos ou por um questionável bilhete único mensal para os usuários de ônibus, sem garantias de que será válido para pegar o metrô. Muito menos por reclamações típicas de governantes petistas criticando as gestões anteriores como se tudo o que aconteceu antes da posse deles deva ser satanizado.

Existem boas decisões também. Uma delas é fazer as escolas municipais voltarem a ter recuperação nas férias de julho e em dezembro, e voltar a possibilidade de haver repetência não só no quinto e no nono ano, como acontece nas escolas estaduais. Porém, como é tradição em gestões petistas, o formato é novo, não se tratando simplesmente de aperfeiçoar um modelo já existente: agora as escolas municipais terão três ciclos de ensino fundamental, cada um com três anos, divididos em "alfabetização", "interdisciplinar" e "autoral". Nos três anos do ciclo "autoral", o aluno pode repetir em qualquer ano. Nos dois primeiros ciclos, haverá repetição só no final (ou seja, no fim do terceiro e do sexto ano). Provas bimestrais serão obrigatórias mesmo nos casos em que não haverá repetência.

Por enquanto não se fala em melhorar a preparação dos docentes ou a infraestrutura das escolas. Isso dependeria das verbas do governo federal repassadas para a nossa cidade, e como elas serão administradas. Muitos esperam que esse modelo educacional cumpra o dever de formar melhor as crianças paulistanas, mas de qualquer forma o modelo atual, que repete o adotado nas escolas estaduais, é sabidamente ineficaz.

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