sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Estamos longe de resolver o problema da saúde pública

Os primeiros médicos estrangeiros chegaram para, segundo o governo, atender as regiões mais pobres do Brasil. Enquanto estiverem aqui, eles devem passar por avaliações e exames de fluência em português. Os médicos cubanos, ideia exposta antes dos protestos contra o governo, devem mesmo chegar até novembro, para dar alguma ajuda financeira ao empobrecido mas ainda influente regime dos Castro, o sustentáculo dos chamados "bolivarianos" (os aliados latino-americanos do governo petista) que fazem o "Libertador" Simón Bolívar não ter descanso em seu túmulo.

É uma maneira, bem particular do nosso governo, de tentar atender as regiões mais pobres e isoladas do Brasil, onde os médicos formados aqui não estão dispostos a trabalhar, não porque não gostem do local, mas porque não existem meios para isso. A maioria dos hospitais do Norte e do Nordeste, as regiões mais isoladas e carentes do Brasil, não tem sequer condições mínimas de funcionamento. Mais do que médicos, brasileiros ou estrangeiros, o que precisa é de infra-estrutura e condições de trabalho aceitáveis. 

Sobretudo, serve para dar mais lastro a uma possível reeleição do PT em 2014, ainda que a medida chamada "Mais Médicos" seja amplamente combatida por muitos setores médicos e pela oposição, e considerada até contraproducente: irá piorar a situação da saúde pública no país quando a intenção é melhorá-la, devido a possíveis falhas de comunicação entre os médicos estrangeiros com a equipe de enfermagem ou com os pacientes, somada às deficiências estruturais já citadas. De quebra, vai ajudar os Castro a manterem a economia de Cuba em pé, já que se adotou a estranha fórmula de remunerar os médicos cubanos usando Havana como intermediária.

Boa parte dos brasileiros já sabe que o programa "Mais Médicos" está bem longe de ser um remédio para os seculares defeitos no sistema de saúde. Este remédio, aliás, tem como efeito colateral favorecer eleitoralmente o governo, mais interessado na saúde de seus aliados internos e externos do que a da população.

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