sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O verdadeiro significado de 'Black Friday'

Depois da 'Black Wednesday' anunciada, chegou a 'Black Friday', mas não comentarei sobre esse evento muito comentado nas redes sociais, e sim sobre as notícias ocorridas hoje. Serei breve. 

O governo finalmente anunciou o esperado aumento na gasolina, e ele foi de "apenas" 4%, para não estragar o fim do ano dos brasileiros, mas outros aumentos poderão vir, e não serão tão comedidos. O diesel aumentou mais, em 8%. 

Pior é o acontecido no Memorial da América Latina, um dos maiores museus da cidade. O prédio do auditório Simón Bolívar foi consumido pelas chamas, após uma sobretensão elétrica decorrente do restabelecimento da energia elétrica na região (Barra Funda, Perdizes, Pompéia) após blecaute. Isso pode ter danificado seriamente uma das obras de Tomie Ohtake, a grande artista nipo-brasileira que acabou de completar 100 anos de idade, a tapeçaria de 600 metros quadrados. Havia também parte do acervo de Cândido Portinari, incluindo os quadros sobre Tiradentes. Além disso, nove bombeiros tiveram de ser atendidos após intoxicação causada pela fumaça. Dois deles estão internados. 

No exterior, as notícias mais exploradas pela imprensa também não são boas.

Fala-se de um leão morto e supostamente comido por rebeldes famintos na Síria, mas provavelmente estavam tirando-lhe a pele para, simbolicamente, dizer o que iriam fazer com Bashar al-Assad, o "leão de Damasco"; mais preocupante que a morte do infeliz felino é a crescente população de refugiados, tentando se abrigar dos ataques naquele país, inclusive milhares de crianças indefesas. 

Além disso, existe crescente preocupação sobre um conflito entre o Japão e China por causa de ilhotas próximas de Taiwan que pertenciam aos chineses até 1895, quando o governo militar japonês anexou-as ao seu território, e vistas como vitais pontos de pesca e prováveis fontes de petróleo e gás natural, escassas em ambos os países. A ampliação do espaço militar chinês para as ilhas citadas, chamadas de Diaoyu pela China e Senkaku pelo Japão, causou irritação em Tóquio e preocupação em Washington.

Menos sérios e mais grotescos foram certas notícias, como a repercussão do aplicativo Lulu no Facebook para as mulheres avaliarem os homens e a reivindicação pela Bélgica da batata frita como "patrimônio da humanidade". Realmente tem gente que contribui mesmo para o desenvolvimento do espírito humano. Nossos filhos e netos não se esquecerão disso.

Diante de tudo isso, a 'Black Friday' foi pior do que simplesmente as denúncias (várias) de maquiagem nos preços cobrados pelas lojas participantes do evento. 


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

'Black Friday' nada! Foi a 'Black Wednesnay'!

Na semana da tal 'Black Friday', criada nos EUA e imitada no Brasil como 'Black Fraude', devido às falsas promoções, houve uma quarta-feira cheia de fatalidades capazes de estragar o humor pelo resto da semana. 

Primeiro, a morte de um dos maiores gênios do futebol, Nílton Santos, o lateral esquerdo polivalente que defendeu o Botafogo por duas décadas, participou de quatro Copas do mundo e ensinou a malandragem do futebol ao Garrincha. Era conhecido como "A enciclopédia do futebol", pois diziam que ele sabia de tudo sobre o futebol, dentro e fora dos gramados. Ironicamente, o mal de Alzheimer, doença impiedosa, corroeu o cérebro dele, e ele se foi aos 88 anos de idade. Este é um acontecimento inevitável, pois todos teremos de falecer um dia. Piores são as duas notícias a seguir.

Segundo, a tragédia no Itaquerão, o estádio do Corínthians. A perícia está investigando o que realmente aconteceu. Um guindaste caiu sobre o setor leste da arquibancada ainda em construção, provocando a morte de dois operários que estavam no solo, um deles dentro de um caminhão esmagado pelo aparelho. Não se sabe quanto tempo mais a obra vai levar para ficar pronta: 60 dias, com margem de erro de 30 dias (prazos, no Brasil, têm margens de erros assustadoramente grandes). Pior do que o Brasil ser visto como uma nação onde a negligência, a desídia e a roubalheira imperam, é o recorde negativo de mortes durante as obras para uma Copa. Até na África do Sul, onde o descaso com a segurança no trabalho é ainda maior que no Brasil, houve menos mortes. Até agora, cinco pessoas perderam a vida. Ainda dá tempo para os organizadores do evento mostrarem que eu estou errado, mas em um post anterior fiz alusões à Somália, como referência de país igualmente preparado para sediar uma Copa. Haverá retorno diante da torrente de dinheiro gasto nessa aventura? A imagem do Brasil irá melhorar com a Copa? Pelo menos um estrago é irreversível: para as famílias dos operários mortos. 

Terceiro, e isto já não tem a ver com o futebol, é a alta da taxa Selic, voltando ao pesadelo dos dois dígitos. Agora, a taxa básica dos juros está em exatos 10%. No ano passado, a presidentA afirmou que os juros no Brasil eram inaceitavelmente altos (30 de abril de 2012, de acordo com o jornalista Josias de Souza, da Folha). Menos de dois anos depois, a fanfarronice veio abaixo, como o guindaste no Itaquerão. Realmente, era difícil de acreditar, mas muitos creram na palavra da nossa governante. A taxa básica de juros, neste período, assumiu uma trajetória hiperbólica, mas também pode ser interpretada como um sorriso de escárnio: 

Gráfico da taxa de juros entre janeiro de 2012 e novembro de 2012, segundo o Estadão

Haverá consequências para a economia do Brasil devido às taxas de juros neste patamar atual. Pior para o comércio, a indústria e a sociedade em geral, principalmente os mais endividados. 

2013 ainda nem acabou e parece que seus efeitos serão sentidos em 2014, e nos anos seguintes, também.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O Brasil continua seu rumo

Os acontecimentos desta semana mostram o Brasil tentando se ajustar à mal-ajambrada condição de país democrático. 

Depois de prender os mensaleiros e impor aos chefões da quadrilha um estranho regime semi-aberto com direito a muitas visitas, tratamentos diferenciados para a saúde de José Genoíno negados a outros presos nas mesmas condições dele (ou até piores) e até uma proposta de emprego como gerente em hotel de luxo para o chefão José Dirceu, agora é a vez de resolver alguns problemas. 

Um deles é a falta de transparência do Congresso. Parece que muitas votações importantes terão o voto aberto. Se por um lado irá mostrar aos eleitores e à população em geral quem estará a votar em qual proposta, seja ela benéfica ao país ou não, teme-se a interferência do Executivo, sempre presente por aqui. Esta questão é já bem antiga. 

Ainda datada, mas nem tanto, é a tentativa de rever a História recente com a Comissão da Verdade, como já foi tratado em uma postagem anterior. Não se espera que séculos de governos opressivos sejam corrigidos com essa atitude, pois não se conserta o passado, apenas se aprende com ele. O país precisa viver o presente e construir o futuro. 

Nova, mesmo, é a proposta de rever todos os estragos provocados pelos planos econômicos nas décadas de 1980 e 1990. Os planos Cruzado, Verão, Collor, foram verdadeiros fiascos na tentativa de conter a inflação. Não faltaram esforços dos governos para isso, mas a população sofreu demais com medidas como arrocho salarial, desabastecimento devido a congelamentos artificiais de preços e sequestro de poupança. Porém, toda a reparação custaria caro demais, estimada em R$ 150 bilhões. Todo esse dinheiro, liberado de uma vez, arruinaria todo o trabalho de conter a inflação, finalmente domada em 1994 com o plano Real, o único que surtiu efeitos positivos para a sociedade. Além disso, a reparação envolve todos os bancos, vistos como verdadeiros monstros predadores, implacáveis com o povo. É um dilema que exigirá bastante do STF, responsável por apurar o caso. 

Provavelmente, eles vão deixar tudo como está, como fizeram todos os outros países que sofreram planos econômicos radicais como a Argentina da década de 1980 e a Alemanha nos anos 1920 e 1930. Caso contrário, a reparação da injustiça pode causar sérios efeitos colaterais, como o corte de financiamentos e investimentos, aumento brutal da inflação e risco de haver outro plano econômico. 

Isso tudo desconsiderando outros problemas que nos impedem de ser uma democracia de fato, como a violência, a persistente desigualdade socio-econômica e a falta de respeito com as leis e com os direitos do povo em geral. 

De forma peculiar, com direito a muitos e graves acidentes de percurso, mais do que um país decente poderia suportar, o Brasil continua.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Da série 'Tabela periódica como você nunca viu', parte 15 - Elementos mafiosos (II)

Finalizando a série, temos aqui alguns elementos mafiosos, mas podemos chamá-los por termos mais apropriados como assassinos, terroristas, a escória da tabela: são os actinídeos. 

Dentre esses elementos, temos alguns bem conhecidos, como o urânio e o plutônio, elementos usados nos reatores nucleares e na coisa mais terrível já feita: a bomba atômica. 

Às vezes também são chamados de terras-raras, por terem o subnível f como o mais energético, característica também dos lantanídeos. Geralmente são trivalentes, portanto loucos para sequestrar não-metais e estuprá-los, enfiando-lhes três elétrons no rabo na eletrosfera deles. Às vezes, como muitos demônios, são metais bissexuais. 



Eis os membros dessa al-Qaeda da Química: 

- Actínio: Este é um típico metal do inferno, existindo apenas para infestar o ambiente de radioatividade. Não serve para mais nada. Dá nome ao grupo, mas sua importância não vai além disso. 

- Tório: Está presente naquela mistureba de terras-raras chamada de monazita. É um elemento bem misterioso, aliás. Parece ser boa-praça, como componentes de vidros raros e equipamentos de laboratório, mas pode pegar fogo facilmente, mostrando não trair o costume do grupo. 

- Protactínio: É quase tão inútil e assassino quanto o actínio, mas por ser mais raro, não é tão levado em conta. Poderia ser considerado o membro mais ralé da corja. 

- Urânio: Não se sabe o porquê do grupo não ser chamado de uranídeos, já que o urânio é, de longe, o elemento mais importante de todos. Este é o líder de facto deste grupo de vilões dentro da tabela periódica. É muito comum na natureza, para alegria dos ditadores e terroristas que adoram ter uma bomba atômica para ameaçar jogar nos inimigos. Está presente como combustível para as usinas de fissão nuclear, que podem ser uma ameaça nas mãos de tecnocratas presunçosos, como os donos de Chernobyl e Fukushima, e líderes feios, carrancudos e barbudos que usam turbante e dizem usar este metal só para fins pacíficos (sei...). O urânio, quimicamente, é um taradão, traçando não só os não-metais como participando daquelas surubas com outros metais e o oxigênio, os chamados uranatos. Ou seja, é um metal bissexual e promíscuo, como o sujeito-de-muitos-nomes. Como os químicos não são idiotas a ponto de arruinarem a reputação para sempre, escolhendo algum nome do coisa-ruim (para muitos o criador dessa josta), resolveram batizar o metal com o nome de um planeta, Urano. 

- Neptúnio: Este foi o primeiro elemento sintetizado mais pesado que o urânio, chamado de transurânico. Para batizá-lo, escolheram o nome do próximo planeta, Netuno. Também serve para os loucos que querem destruir para sempre seus inimigos jogando bombas nucleares neles. 

- Plutônio: É o mais famoso elemento transurânico conhecido. Como foi fabricado após o neptúnio, deram-lhe o nome de plutônio, para homenagear Plutão, então recém-descoberto. Os químicos da época nem imaginariam que Plutão iria deixar de ser considerado um planeta em 2006. De qualquer forma, é um elemento diabólico, também usado como arma de destruição em massa. Além de ser combonente das bombas atômicas, ainda solta radiação alfa, beta, gama, e se pudesse todo o alfabeto grego, mais do que qualquer outro elemento. 

- Amerício: Criatura demoníaca batizada para homenagear a América, ou mais precisamente os Estados Unidos da América. Conseguem atualmente produzir essa bosta esse metal em quantidades suficientes para usá-lo em algo que preste, como o dióxido de amerício usado em alguns detectores de fumaça. 

- Cúrio: Depois do plutônio, é o próximo elemento a ser fabricado. Foi sintetizado antes do amerício. Segundo os químicos, o nome foi para homenagear o casal Curie, famosos físicos da virada do século XIX para o XX. Atualmente é usado como componente para instrumentos de medida de satélites. É bom que fique bem longe dos humanos, porque é fonte de radiação pestilenta.

- Berquélio: Aberração criada especificamente para completar o time dos actinídeos. Batizado com o nome da famosa universidade de Berkeley, na Califórnia. Não serve para nada, a não ser para envenenar eventuais descuidados que não tomam as devidas precauções no seu manuseio. 

- Califórnio: Outra coisa que recebeu nome de um lugar americano, no caso o glorioso estado da Califórnia. Ainda não encontraram nada que preste para ele. Só se sabe que ele, como todos os actinídeos, gosta de reagir com os não-metais enfiando-lhes três elétrons. 

- Einstênio: Os químicos resolveram não homenagear mais nada da Califórnia, ou seja, nada de sequoium (homenagem à sequóia, árvore gigante do local), saofranciscum ou hollywoodium. Deram-lhe o nome do arqui-famoso Albert Einstein. Para desgosto do famoso formulador da Teoria da Relatividade e do efeito fotoelétrico, aquele fenômeno que explica o funcionamento das células solares, não se sabe nada sobre o elemento. Apenas descobriram que ele é um metal radioativo, pervertido quimicamente e perverso em termos de comportamento, por soltar radiação como louco. 

- Férmio: O italiano Enrico Fermi batizou o elemento de número atômico número 100, e não o alemão Einstein. A honra dada a um habitante da bota não vale nada, por enquanto. Por enquanto a única coisa mais digna de atenção é a sua presença como resíduo de explosões nucleares. Porca miseria!

- Mendelévio: Para não deixar os russos morrendo de raiva, finalmente homenagearam um russo, Dmitri Mendeleev, o inventor da Tabela Periódica tão mal-falado por alguns estudantes que odeiam estudar Química. Esta criatura do inferno por enquanto serviu apenas para preencher a tabela periódica e ajudar a completar esse grupo maligno. 

- Nobélio: Alfred Nobel não escapou de, postumamente, batizar um elemento químico artificial, monstruoso, violento, pestilento, nojento e xexelento, entre outros -entos. Além disso, parece ter comportamento químico meio estranho, pois gosta de doar dois elétrons apenas, e não três, como os demais actinídeos. 

- Lawrêncio: Para completar a súcia, criaram o lawrêncio, de Ernest O. Lawrence, para não deixar os físicos americanos com inveja por não terem um deles homenageado. Lawrence foi o inventor do cíclotron, mais famoso tipo de acelerador de partículas. Quimicamente, comportar-se-ia mais como um elemento como o escândio ou o ítrio do que como um actinídio propriamente dito, pois ele tem o subnível f completo, ao contrário dos seus colegas malditos. 

E assim, esta série termina, mas pode voltar quando inventarem algum elemento químico novo ou batizarem algum já existente (aqueles batizados com nomes latinos como ununtrium). Espera-se que estas postagens despertem algum interesse dos vestibulandos. Porém, repito o aviso: JAMAIS levem a sério as informações contidas, ou se preparem para se arrependerem amargamente. Terão trauma de dois dos elementos quimicos da tabela periódica: o ferro, porque vão se ferrar, e o cobre, porque o símbolo desse metal significa o mesmo lugar onde vão sentir o ferro. 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Da série 'Tabela periódica como você nunca viu - parte 14' - Elementos mafiosos (I)

A série vai continuar com aqueles elementos que se julgam a elite da elite da Tabela Periódica, mais do que o ouro, a platina e outros elementos "indignos". São os lantanídeos e os actinídeos, aqueles que possuem um subnível "f", o que mais comporta elétrons (14 no total), como o mais energético. Os demais elementos de transição possuem um subnível mais energético do tipo "d", com 10 elétrons. Já os biscates dos não-metais possuem como subnível mais energético o tipo "p", com apenas 6 elétrons. Os tarados dos metais alcalinos e alcalinos-terrosos possuem um subnível "s" como o mais energético - esse subnível é o mais, digamos, "apertado" para os elétrons, pois cabem apenas 2 deles. 

Na verdade, esses tais lantanídeos e actinídeos não passam de membros de uma corja de elementos sacripantas, formando verdadeiras quadrilhas, como os diversos grupos do crime organizado, narcotraficantes, terroristas como a al-Qaeda e o Hizbollah, ou os mensaleiros de Brasília. Vejamos quem são essas criaturas. Primeiro, os lantanídeos, aqueles chamados de 'terras-raras', um título confuso e mentiroso como discurso de político disposto a afanar o NOSSO DINHEIRO, pois de raros, alguns deles não tem nada. Como característica comum, são todos trivalentes, prontos para enfiar três elétrons nos não-metais nas relações químicas. 



- Lantânio: Esse elemento se sente por dar nome ao grupo, mas é um metal vagabundo e com sérios distúrbios de comportamento. Não pode ver um não-metal, que ele faz relações selvagens com ele. Pega fogo fácil, daí a sua aplicação em pedras de isqueiros. Nem os outros companheiros da quadrilha o aguentam. Quando está deprimido por não conseguir traçar um não-metal, julga-se um injustiçado pela natureza, como o Zé Genoíno. 

- Cério: De "sério" esse elemento não tem nada. É o piadista do grupo, como o Delúbio Soares. Detesta ficar sem companhia, e para isso se vale da sua capacidade de ser engraçado e contar muitas piadas de salão. Tenta esconder que é um metal bissexual, pois a-do-ra metais alcalinos. E é um taradão, pois também não suporta ficar sem um não-metal. 

- Praseodímio: Esquisito até no nome, esse elemento de maus bofes fica verde facilmente, principalmente em contato com o ar. Nesse estágio ele fica violento, chegando a rugir de raiva e ameaçando esmagar todo mundo. Mais esquisito, só o nome do Enivaldo Quadrado. 

- Neodímio: Metal vagabundo que só quer saber de praia, por isso está em certas areias radioativas, chamadas de "monazíticas", por ser componente da monazita, um minério com pinta de misterioso como o sorriso de uma mulher com codinome parecido, a Mona Lisa. Aliás, o próprio neodimio parece misterioso como o Marcos Valério. É o menos digno de ser chamado de terra-rara, pois é muito comum, como os ladrões e corruptos em nossa terra. 

- Promécio: Só existe em estrelas distantes, portanto teve de ser produzido a partir de experimentos com outros elementos. Parece cria do Duda Mendonça: fabricado, artificial e que, no fundo, não serve para nada. 

- Samário: Este elemento tarado e safado nunca pode ser encontrado livre na natureza. Gosta de conchavos e adora futricas, como o líder dos mensaleiros, Zé Dirceu. É encontrado num minério de nome medonho chamado de samarskita, encontrado principalmente na Rússia, a antiga pátria do Lênin e da maioria dos bolcheviques responsáveis pela implantação do comunismo naquele país. 

- Európio: Elemento metido a besta, só por ter o nome que homenageia aquela parte do planeta. Odeia o Brasil e gosta de todo tipo de não-metal biscate. Aliás, é o mais tarado de todos os terras-raras. Já foi muito usado nos cinescópios dos antigos televisores de tubo, para fornecer a cor vermelha nas imagens. Vermelha de tomate, vegetal usado para rechear as pizzas. Pizza lembra Pizzolato, o mensaleiro que fugiu para a... Europa. 

- Gadolínio: Metal cujo nome homenageia não o gado (e gado lembra o Banco Rural, financiador do mensalão), mas um químico finlandês com sobrenome francês que viveu há 200 anos atrás, o Johan Gadolin. Ao contrário dos outros terras-raras, não é tarado, mas também gosta de não-metais por perto. No entanto, é um esquisitão, doido para pegar nêutrons soltos, daí o seu uso nas usinas de fissão nuclear, para evitar as reações em cadeia causadas por nêutrons loucos que gostam de vandalizar os núcleos dos átomos de urânio. 

- Térbio: Este terra-rara é mole a ponto de ser cortado com faca, embora não seja tão mole quanto a lama componente do suposto mar onde o Brasil parece estar mergulhado. Aliás, Lama é o sobrenome de um dos mensaleiros com o nome mais infame de todos: Jacinto Lamas. 

- Disprósio: Elemento que gosta de prosear, como o Roberto Jefferson, e se vale disso para atacar os incautos, principalmente os não-metais na hora de fazer sexo, pois adora enfiar três elétrons em um, dois ou até três átomos. Bastante usado para a fabricação de CDs e DVDs para gravar músicas. É um elemento melômano como o ex-líder do PTB. 

- Hólmio: Gosta de alardear a sua hombridade, como cabra-macho que julga ser. Também adora ficar junto dos não-metais, tratando-os como as suas cabritinhas. Na verdade, esse elemento tenta esconder que o seu nome deriva de Estocolmo, na Suécia, onde só tem loiro "baitola" e loirinhas gostosas. Suas fanfarronices lembram o grande beneficiário do mensalão, o ex-presidente Lula. Para provar a sua macheza, ele fica dentro dos reatores nucleares. 

- Érbio: Metal com aparência inofensiva, como o José Paulo Cunha. Mas ele também adora não-metais e fazer muitas safadezas. Como efeito colateral disso, seus sais são de cor rosa, sendo empregados para tintas dessa cor. Ui!

- Túlio: Outro elemento inútil, com nome de gente (o de um jogador de futebol muito conhecido no final do século passado). Não se sabe para que serve essa criatura. Parece não ter muita importância entre os membros dessa quadrilha, como aqueles que acabaram sendo absolvidos pelo STF. 

- Itérbio: Este elemento tem um temperamento forte, como o Valdemar Costa Neto. Tanto que seus compostos podem explodir facilmente. É componente do imã mais possante do mundo, um treco feito de itérbio, cobalto, ferro e manganês. 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Não foi o Cebolinha

Quem roubou o Sansão de uma das Mônicas da exposição que homenageia os 50 anos da personagem brasileira mais conhecida dos quadrinhos foi mais um vândalo.

 Vândalos estragaram mais uma das Mônicas do evento (Divulgação/UOL)

A Monica Parade foi um dos eventos mais vandalizados dos últimos tempos: primeiro, uma das bonecas foi pichada. Depois, outra foi roubada e levada até a periferia de Guarulhos, mas voltou. Agora, o coelhinho de estimação da personagem. 

É melhor correr para ver a exposição antes que mais atos de vandalismo aconteçam. As Mônicas estão espalhadas em alguns pontos da cidade. Para ver o mapa, clique aqui. Elas estarão até o dia 8 de dezembro.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Chegou a hora de revisitar a História

Na última postagem, falei sobre a História do Brasil e vou tocar no assunto novamente. 

Dilma ofereceu honras de chefe de Estado a Jango, 37 anos depois de sua morte (Ag. Brasil)

Recentemente, querem descobrir se o ex-presidente João Goulart foi envenenado em 1976, por ação da Comissão da Verdade. Se fosse possível investigar todos os casos suspeitos durante a ditadura, levarão vários anos, entre documentos e exumações. No mesmo ano, o também ex-presidente Juscelino Kubitscheck foi morto num acidente de automóvel suspeito. Vão se passar outras décadas e muitos ainda afirmarão que JK, o presidente mais popular do século XX, foi assassinado. No ano seguinte, Carlos Lacerda, ex-inimigo de JK e Jango convertido à luta contra o regime militar que inicialmente apoiou, também morreu de um ataque cardíaco repentino. Também há indícios de envenenamento, mas provavelmente a Comissão da Verdade não irá tão longe em exumar um "direitista".

Os três - JK, Jango e Lacerda - faziam parte da Frente Ampla, movimento contra a ditadura. Eles eram vistos como perigosos inimigos do regime. Naquela época aplicava-se a Operação Condor, executada pelos regimes anti-democráticos do continente (Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai) para perseguir não só as guerrilhas comunistas e simpatizantes do regime de Fidel Castro, outro liberticida, mas também todos os opositores que representassem alguma ameaça. Acusa-se o governo norte-americano de estar por trás dessa operação.

Não é só no Brasil. Nos Estados Unidos, exatos 50 anos após o terrível assassinato de John Kennedy, ainda estão investigando se ele foi morto por ação de um único homem - Lee Oswald - ou por ação de grupos interessados em sua eliminação: extremistas políticos, terroristas, agentes soviéticos, a própria CIA. 

Todas essas mortes suspeitas alimentam várias "teorias da conspiração". Provavelmente elas irão continuar, mesmo após a conclusão das investigações em curso.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Da série "Como seria o Brasil se...", parte 2

Após a renúncia de D. Pedro I, seu filho, também chamado Pedro seguido de vários outros nomes, como rezava a tradição dos Bragança, passou a reinar após alguns anos de regência. Seu governo era tido como favorável ao progresso, devido ao fascínio de D. Pedro II pela ciência. Apesar disso, muitos estavam descontentes com a escravidão, a base econômica da época, e da excessiva dependência dos produtos agrícolas, primeiro a cana-de-açúcar e depois o café. A filha de D. Pedro, princesa Isabel, era tida como uma carola casada com um francês, o Conde d'Eu, que desprezava os costumes locais. Mesmo assim ficou conhecida como a Redentora, por ter assinado a Lei Áurea, em 1888, quando todos os outros países já haviam abolido a escravatura. Os escravos foram libertados mas continuavam à margem da sociedade, e os grandes fazendeiros retiraram o apoio à monarquia.

Alguns devem ter imaginado o que aconteceria se o marechal Manuel Deodoro da Fonseca, diga-se de passagem um militar leal à monarquia praticamente pressionado na última hora a aderir ao movimento, não tivesse proclamado a República e chefiado o golpe militar de 15 de novembro de 1889.

Se o Marechal Deodoro não tivesse proclamado a República...

Existem vários defensores de uma cabeça coroada ainda no Brasil, mesmo desconsiderando os adeptos de D. Lula I. Eles diriam que o Brasil seria uma nação ainda mais forte e respeitada, temida pelos argentinos e outros vizinhos, e respeitada pelas potências ocidentais, com Forças Armadas poderosas, prestigiadas desde a Guerra do Paraguai, e um governo estável.

Outros poderiam argumentar: o trono iria para o Conde d'Eu, e isso seria uma catástrofe. Se D. Pedro II morresse naturalmente como monarca, e passasse o trono para o seu genro, tendo Isabel de Bragança como consorte, haveria muito descontentamento, e a família imperial iria para o exílio de qualquer modo.

Já os adeptos do monarquismo não pensariam assim. Alguns diriam que a rainha seria D. Isabel, e o conde d'Eu seria um mero consorte, repetindo a experiência britânica. Os ingleses, escoceses e galeses se curvaram à rainha Elizabeth I no século XVI e à rainha Vitória, contemporânea de D. Pedro II. O problema seria vencer a tradição machista do Brasil. No entanto, a Inglaterra da mesma época ainda negava muitos direitos às mulheres, também. D. Isabel passaria o trono ao seu filho, D. Pedro, que seria coroado como D. Pedro III do Brasil. Isso se as turbulências políticas permitissem.

De qualquer forma, segundo a maioria dos defensores do monarquismo, os Bragança deixariam o governo nas mãos dos primeiros-ministros, embora o Poder Moderador, visto como um ranço absolutista por dar poderes extras ao Imperador, às vezes viria a ser usado. Os brasileiros aprenderiam a não se valer do "jeitinho", e respeitar mais as autoridades. Entretanto, muitos diriam que os brasileiros demorariam mais para exigir seus direitos, já que uma monarquia, segundo eles, tolhe as forças democráticas. Por outro lado, os monarquistas contra-atacam dizendo que até agora muitas nações européias avançadas possuem tronos. A corrupção continuaria a ser uma chaga para o Brasil: não seria escancarada como realmente acontece, porém seria bem mais velada. Nada de "mensalão" ou dinheiro escondido em roupas íntimas, coisa de gente ignóbil, mas os bancos suíços continuariam a ter muito dinheiro guardado de origem brasileira.


Nas comunicações, os Marinho iriam ganhar ainda mais prestígio. Roberto Marinho seria elevado á categoria de Duque de Jacarepaguá. O tão falado monopólio da Rede Globo iria ser ainda mais sólido, sendo uma espécie de Televisa na América do Sul. A cultura brasileira, de qualquer forma, continuaria a produzir a Bossa Nova e o Tropicalismo, embora não as canções de protesto, pois não haveria ditadura militar, na hipótese remota da monarquia sobreviver até os nossos dias. No máximo, letras ousadas pregando a destruição do regime, mandando a realeza para o paredón. Provavelmente as hediondas modas do "sertanejo universitário" e do funk mal cantado não teriam tanto sucesso. O consumo de drogas por artistas - e não artistas - seria um problema de toda forma.

Quanto à economia, há contravérsias. Poderiam apostar na continuação da agropecuária como base da economia, mas a modernização, com o fim dos latifúndios, poderia ser inevitável. Contudo, poderia demorar mais para diminuir a exploração excessiva dos trabalhadores. Movimentos sociais poderiam ser resolvidos na base da força policial, mas provavelmente Sua Majestade teria de agir de modo mais democrático conforme os anos passassem. O petróleo seria, inexoravelmente, descoberto em alguma parte da imensa terra brasileira. Haveria, também, uma industrialização, embora não se saiba até que ponto. Provavelmente não passaríamos por um período de inflação tão galopante causado por aventuras econômicas. Aliás, nem conheceríamos uma moeda chamada Cruzeiro. Talvez o nome da moeda atual sob uma monarquia Bragança teria o nome de... Real.

A Guerra de Canudos poderia ser inevitável, e Antônio Conselheiro, o líder messiânico que dirigiu a cidade baiana desde antes de 1889, não seria visto como um monarquista lunático. Seria simplesmente considerado um "doido furioso" e seus seguidores seriam igualmente massacrados por ordem do imperador (ou da imperatriz). O Brasil não passaria por revoltas como a da Armada, movida pelo descontentamento de setores da Marinha contra o governo militar de Deodoro e Floriano. Talvez relutasse menos em apoiar os americanos contra Hitler, na Segunda Guerra Mundial. Por outro lado, os Braganças teriam de se preocupar com novas tentativas de emancipação do Rio Grande do Sul.

Quanto às grandes cidades? Elas se desenvolveriam, de toda forma, tanto o Rio de Janeiro quanto São Paulo e outras capitais. Se haveria favelas ou não, é algo difícil de dizer, e isso dependeria de vários fatores pouco mensuráveis, como o empenho do governo em diminuir a miséria, promover obras de infra-estrutura e coibir as ocupações irregulares. A imigração aconteceria de qualquer modo, para "embranquecer" o povo e fornecer mão-de-obra para a agricultura, pois não se cogitaria a volta da escravidão. O racismo continuaria a ser um problema sério.

Por fim, a capital poderia ser, de todo modo, no Planalto Central, mas dificilmente o autor seria Oscar Niemeyer, um comunista de traços ousados demais para o gosto da família real. Possivelmente vão satirizar as cabeças coroadas, apontadas como "os reis do sertão" e ocupantes do "palácio a milhares de quilômetros de lugar nenhum". 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A pizza desta vez não saiu

Este blog vai ter de deixar a série "Tabela periódica" para mais tarde devido a assuntos muito mais importantes. Um deles foi a decisão do STF de punir os mensaleiros. 

Os cinco ministros que votaram a favor do presidente da Casa, Joaquim Barbosa, entenderam que os embargos infringentes afetam apenas os delitos questionados pelos réus, e não todos os cometidos por eles. Assim, José Dirceu, Delúbio Soares, Marcos Valério, vão ter de cumprir pelo menos parte da pena na cadeia. A maior parte dos demais, entre os quais José Genoíno, Valdemar Costa Neto e Roberto Jefferson (delator do esquema), vai cumprir regime semi-aberto, ou seja, eles trabalham de dia e dormem na prisão, e a Justiça, espera-se, irá cuidar para eles não fugirem do país.

Celso de Mello, desta vez, foi decisivo para o desempate a favor do país e não dos réus, ao contrário da decisão anterior, que trata do acolhimento dos embargos. Ele seguiu o voto de Barbosa, assim como Luís Fux, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli. Este último era, ironicamente, como se sabe, antigo advogado de defesa do próprio PT antes de ser indicado por Lula para ocupar o STF. Desta vez ele agiu como ministro do Supremo e não como defensor do seu antigo partido. 

As prisões podem ser executadas a qualquer momento. É o Brasil aprendendo a ser um país decente.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Da série 'Tabela Períodica como você nunca viu', parte 13 - Elementos transurânicos restantes

Dedicarei os próximos posts aos elementos menos interessantes restantes da Tabela Periódica. De início, abordo os elementos transurânicos das famílias 8B, 1B e 2B. São basicamente metais radioativos, pesados, artificiais, criados especialmente por físicos e químicos desocupados que usaram aceleradores de partículas para nada executar a proeza.


- Hássio: Elemento de menor massa atômica dos 5 trecos elementos criados, com 108 prótons. Em compensação, é inacreditavelmente pesado, mais que o ósmio. É chamado com esse nome devido à região de Hessen, centro da Alemanha.

- Meitnério: Outro elemento criado para preencher a tabela periódica. Não se sabe para que serve a estrovenga. Foi batizado em homenagem a Lisa Meitner, que colaborou na pesquisa da fissão nuclear e da bomba atômica. 

- Darmstácio: Como os demais, homenageia pessoas e lugares alemães, daí a profusão de nomes difíceis de pronunciar, ainda mais para pessoas mal acostumadas ao português. Era chamada de eka-platina, mas ainda não serve para nada. 

- Roentgênio: Este é o chamado "eka-ouro", e para batizá-lo usaram o nome do primeiro Prêmio Nobel da Física da História, Wilhelm Conrad Röntgen, o descobridor dos raios-X. Por falar nisso, ele só serve para infestar o ambiente com radiação. 

- Copernício: Único dos elementos do grupo não batizados com algo alemão, é um líquido, como o mercúrio. É um elemento artificial venenoso, radioativo e pestilento, capaz de fazer o grande Nicolau Copérnico se revirar no túmulo: "Por que meu nome batiza essa josta??!!"

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Mais uma semana de 2013 começa

2013 ainda não terminou, e conforme já havia dito antes muita coisa ruim iria acontecer. Bingo! 

Este blog não teve a influência da mãe Dinah, mesmo porque não havia previsto nada específico. E eu não ia imaginar que haveria um tufão de categoria 5 atacando a Filipinas, um país "abençoado" pela natureza, por ser palco de terremotos, vulcões, tsunamis e tempestades ferozes. Ainda por cima, o país é pobre, milhares morrem todos os anos em naufrágios e doenças ligadas à falta de saneamento básico e má alimentação, e boa parte dos filipinos expressa um tipo de cristianismo desesperado, com direito a auto-flagelações e cerimônias de crucificação. Sem falar que é palco de movimentos separatistas e do terrorismo islâmico apoiado pela al-Qaeda, principalmente em Mindanao, uma das maiores ilhas do país. 

Cerca de 10 000 almas foram para um lugar possivelmente melhor do que um país assim. 

Ainda por cima, não param de falar sobre o caso do menino Joaquim, morto e jogado num córrego em Ribeirão Preto antes de ser encontrado cinco dias depois no Rio Pardo, bem distante do local do crime. 

Além disso, temos as trocas de acusações entre Fernando Haddad e Gilberto Kassab devido à máfia do ISS. Um fala do outro, e ninguém assume a culpa, para tentarem fazer bonito na mídia e esconderem sua própria fatia do butim. Depois vão reclamar se Santo Amaro querer recuperar sua independência, aproveitando a atual onda de pressões pela emancipação de municípios...

Por fim, os mensaleiros, usando à vontade seus direitos de defesa enquanto não começam a puní-los como se deve. 

Esta é uma típica semana de 2013, onde é preciso ter saúde para aguentar. Nem notícias mais amenas como a contratação de Felipe Massa pela Williams adiantaria para contrabalançar. 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Mais um prêmio à corrupção aprovado. Onde estão os protestos? Não vale vandalizar!

O Senado aprovou em primeiro turno o chamado "Orçamento Impositivo", um montante de cerca de 1% da receita líquida do Executivo, destinado a pagar emendas parlamentares. 1% NÃO É POUCO! São mais de 8 bilhões de reais!


Estas emendas destinadas a alimentar os currais eleitorais, com o nobre pretexto de ajudar os eleitores, ainda precisam do aval da Câmara - que certamente irá aprovar - e da sanção presidencial. E vai virar emenda constitucional. Ou seja, o assalto ao NOSSO DINHEIRO será incorporado à Constituição!

Os 50% destinados à saúde poderão alimentar novos sanguessugas, como naquele escândalo de 2006. E o restante vai alimentar os feudos e os bolsos de seus donos.

Onde estão os manifestantes nessa hora? Onde está quem quer protestar e pressionar os nossos representantes em Brasília? Não vale usar os "black blocs", que certas lideranças insistem em vê-los como aliados, quando na verdade só usam os protestos para fazerem quebra-quebra e roubos em nome do anarquismo.

Ainda há tempo de pressionar, pelo menos o governo, para não sancionar a mamata. Depois do estrago feito, não adianta reclamar daqueles que foram eleitos por NÓS para nos representarem. É preciso aprender, o quanto antes, a não votar em gente que age como os corvos daquele ditado espanhol:

Cria cuervos y te sacarán los ojos. (Cria corvos, e te arrancarão os olhos). 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Da série 'Tabela periódica como você nunca viu - Parte 12' - Os preciosos

Finalmente, depois de tantos elementos considerados vagabundos reativos, esta série vai abordar os metais menos reativos, chamados de preciosos, por serem raros, valiosos e fáceis de purificar. 

Quimicamente, esses metais não são muito a fim de fazerem sacanagem com os não-metais. Também por serem raros, acham-se a elite da elite. Estão agrupados no chamado "grupo da platina" e na família 1B, os chamados metais-moeda. 

O grupo da platina é formado por metais bem metidos a besta que, nas raras relações com outros elementos, seguem a tradição dos metais de transição: juntar-se ao oxigênio, enxofre e halogênios para enfiar-lhes elétrons e participar de surubas com não-metais e outros metais. Como os metais-moedas, quando existe um elemento mais tarado, como o ferro ou o alumínio, se eles encontram um desses metais almofadinhas junto com o oxigênio ou outro não-metal, não fazem a menor cerimônia: pegam o não-metal e despacham o rival sem piedade. São chamados de 'os novos ricos', em contraste com os 'tradicionais' ouro e prata. 


- Rutênio: É um metal de nome muito esquisito, derivado de ruthenium (Rússia, em latim). Esse camarada se gaba de não ser atacado nem pela água-régia, a substância capaz de dissolver o ouro ou a platina, mas em compensação não esconde sua vontade de, às vezes, pegar até quatro oxigênios de uma vez para fazer safadeza o tetróxido de rutênio, uma meleca que, por sua vez, acaba se envolvendo facilmente com os metais alcalinos, os mais tarados e menos nobres que existem. Por causa disso, o rutênio é visto como esquisitão até mesmo pelos outros membros do grupo da platina. Tem a capacidade de deixar todas as ligas extremamente duras.

- Ródio: Este delicado metal é conhecido pelos seus sais cor-de-rosa (ui!) e por isso prefere não fazer as suas relações com os não-metais com muita frequencia, para não gerar comentários maledicentes. Fora isso, é muito metido a besta e só gosta de ficar nas jóias bem caras, principalmente as feitas com ouro. Às vezes gosta de surubas envolvendo o oxigênio e os metais alcalinos, aquela gentalha. 

- Paládio: Como o ródio, o paládio é um metal bem metido que adora jóias e outros objetos bem valiosos. Em liga com o ouro, forma o ouro branco. Possui certa consciência ecológica, pois é usado nos catalisadores dos automóveis, para eliminar os gases tóxicos antes de serem liberados nos escapamentos. Também é usado nos tratamentos dentários caríssimos para consertar a boca dos playboys e patricinhas que nadam em dinheiro. Aliás, esse metal afrescalhado detesta sexo, quase tanto quanto o ouro ou a platina, e faz uma relação bem chove-não-molha com o hidrogênio, embora goste bastante da companhia dele.

- Ósmio: Este é um motivo de vergonha para o restante do grupo, pois seus compostos, principalmente o tetróxido de ósmio, fedem como a boca do capeta. Ele gosta bastante de relações indecentes com não-metais e metais alcalinos, e portanto os outros membros do grupo, tirando o irídio, não o suportam por se comportar como a gentalha. Só não o empurram para fora porque é o elemento mais pesado de todos os da tabela periódica, tirando certos elementos artificiais. 

- Irídio: Disputa com o ósmio o campeonato de densidade, ou seja, ele também é muito pesadão. Ao contrário do ósmio, o-dei-a sexo e prefere as amizades com outros metais preciosos, incluindo o ósmio (é o único amigo dele no grupo da platina). É um metal muito afrescalhado e com jeito de gay (embora seja na verdade assexuado), daí o nome irídio, derivado de "arco-íris", o símbolo GLBT. É tão delicado e difícil de trabalhar que os metalúrgicos e joalheiros nunca o usam puro.

- Platina: É a rainha dos elementos químicos, se considerarmos o ouro como o rei dos metais. A platina chega a ser mais metida a besta que o metal amarelo vizinho, e também seu preço é muito maior. Dá piti se a comparam com a prata, essa "pobretona". Tem verdadeiro pavor de sexo com um não-metal (que nojo!), embora às vezes acabe cedendo às taras do oxigênio, do enxofre, do flúor e principalmente do cloro. A água-régia, mistura de ácido clorídrico com o nítrico, faz um verdadeiro estupro na platina, acabando com a sua majestade, literalmente.


Os metais moedas são o cobre, a prata e o ouro, a velha guarda conhecida desde a Antiguidade. Como ricos tradicionais, parecem meio decadentes, e muitas vezes são ridicularizados pelos novos-ricos do grupo da platina, pois os preço desses metais mantêm-se estáveis, enquanto o de outros metais vem aumentando. Principalmente o ouro gosta de alardear a sua nobreza, mas existem muitos detalhes comprometedores sendo descobertos.

- Cobre: É o pobretão da família dos metais moedas. Gosta de se dizer nobre, mas não resiste a um não-metal e reage prontamente com ele, como qualquer metal vagabundo, formando sais capazes de fazer viúvas, em geral de cor verde ou azul, a cor típica dos venenos. A diferença é que apanha de qualquer metal mais garanhão. Gosta de se juntar com a gentinha, aliás, com metais baratos como o zinco e o estanho, para formar ligas de pouco valor, como o latão e o bronze. Seu prestígio vem aumentando por causa da sua condutividade elétrica maior que a do alumínio e do aço. Fica lisonjeado quando dizem que ele é um metal de cor vermelha, mas a verdade é outra: ele é cor-de-rosa e só adquire o tom avermelhado por causa da camada de óxido. E a boiolice não é só aparente, pois ele também a-do-ra metais alcalinos em surubas com o oxigênio, formando porcarias com nome feio, os cupratos. Há quem diga que existem os cupretos, ou seja, o cobre se comportando como não-metal, mas ninguém viu um. Enfim, esse metal não passa de motivo para esculacho, tanto é que no Brasil seu símbolo é um termo de baixo calão.

- Prata: A prata parece uma velha da nobreza decadente, sempre dizendo que é nobre. Além de ter muitos sais de prata, todos venenosos e peçonhentos, mostrando que a velha é uma tarada por não-metais, seu preço atual é de meros US$ 600 por quilo. Esse preço é inferior até ao do nióbio, um metal que não é nobre. Para piorar tudo, muita gente tem alergia à prata, indicando que ela reage com os fluidos corporais - leia-se sexo selvagem com compostos orgânicos. Traduzindo, isso é pura pose.

- Ouro: Este é o "rei dos metais", o que no mundo atual não quer dizer nada, já que os reis agora são vistos como pedantes, preguiçosos e metidos a besta. De fato, este metal é amarelão até na hora de se envolver com outros elementos. Antigamente, ele fazia disso um ponto positivo, afinal o ouro pode ficar milhares de anos sem perder o brilho, e blá blá blá. Na verdade, ele tem uma tara especial pela água régia, uma combinação de ácido clorídrico (que fornece o cloro tão cobiçado pelo ouro) e nítrico (o Viagra responsável pelo apetite sexual desse metal esnobe). Além disso, gosta muito do telúrio, um elemento andrógino, que mais parece um metal, na chamada "calaverita" (o nome dessa relação esquisita). Sua milenar fama de nobre foi abalada por práticas como a do Sílvio Santos, especializado em vender ouro alegando "valer mais do que dinheiro". 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A rápida passagem do astro

Justin Bieber, o astro teen canadense, fez dois shows no Brasil no último fim de semana e foi alvo de comentários da imprensa e do público pelo seu comportamento. 

Primeiro, na Arena Anhembi, em São Paulo, encerrou precocemente sua apresentação por causa de um objeto de plástico atirado por alguém no palco, provavelmente uma fã menos bem educada. Ele simplesmente retirou-se sem despedir-se. Até então tudo transcorria bem, apesar da presença do playback, recurso que se tornou uma praga nos shows atuais. Não cantou o seu hit mais conhecido, "Baby". 

No Rio de Janeiro, o "barraco" foi fora do local onde iria se apresentar. Ele foi expulso do Hotel Copacabana Palace, onde estava hospedado desde sexta, após quebrar objetos e tentar entrar com garotas de programa, apesar dos vários rumores sobre sua sexualidade (a maior parte deles meras tentativas de ridicularizá-lo). 

Como aqui, o astro teen chegou muito atrasado, deixando as fãs - na maioria meninas de 14, 15 anos - esperando por quase duas horas. Ele chegou a ser agarrado por um fã (sim, estranhamente ele tem fãs do sexo masculino) na Praça da Apoteose, mas não fez faniquito desta vez e encerrou o show cantando a música "Baby". 

Nesta semana ele ainda visitará mais três cidades: a capital paraguaia, Asunción, a cidade de Córdoba (Argentina) e Buenos Aires. Depois irá para o México e encerrará a turnê mundial ("Believe Tour") na Austrália, em dezembro. Nada garante que ele vá se comportar melhor nessas visitas. Em sua rápida passagem pelo Brasil, a estrela mirim e ainda em alta na mídia esteve longe de ter passado uma boa impressão. 

Será que ele vai?

O ex-prefeito e ex-governador Paulo Maluf foi condenado a ficar 5 anos sem direitos políticos devido ao superfaturamento nas obras do túnel Ayrton Senna, obra bancada por ele quando foi prefeito de São Paulo de 1993 e 1996. Ele alega que a obra é dele, de acordo com seu costume de atribuir a si próprio todas as melhorias viárias na cidade, embora o projeto fosse de 1988, no governo Jânio Quadros. 

Durante a construção do túnel que liga a Av. Juscelino Kubitscheck, na Zona Sul, às Avenidas Engenheiro Oscar Americano e Lineu de Paula Machado, na Zona Oeste, foram gastos mais de R$ 100 milhões a mais. Em termos de corrupção, não é o feito mais escandaloso. Porém, Maluf teve outras obras postas sob suspeita e ele briga com a Justiça internacional pela posse do dinheiro aplicado em bancos suíços. O ex-governador está na lista negra da Interpol, por fraude financeira. 

Os advogados de Maluf farão de tudo para reverter a cassação dos direitos políticos de seu cliente, porém as chances são poucas. Provavelmente o agora deputado federal terá de voltar só a partir das eleições de 2020, quando estará com 89 anos de idade. Entretanto, ninguém pode subestimar a astúcia do velho político. 

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Da série 'Tabela periódica como você nunca viu, parte 11' - Os demais metais de transição

Restaram ainda alguns elementos químicos na tabela periódica, correspondentes aos grupos 8B (um grupo gigante de 12 elementos bem no meio da tabela, também chamado de grupo do ferro para homenagear o mais xexelento comum desse grupo), 1B e 2B. A esta altura muita gente já deve estar preocupada com o vestibular ou descansando após fazer a prova do Enem. Espera-se que ninguém utilize esta série para responder as questões dessas provas, sob riscos de levarem bomba e ainda terem suas respostas lidas no programa do Jô.

Nos grupos 1B e 2B, o subnível d está completo, portanto muitos consideram esses elementos como intermediários entre os metais de transição e os metais de araque mais a direita (alumínio, estanho, chumbo e outros infelizes). Somente o subnível s da camada mais energética participa das relações sexuais químicas entre eles e os não-metais doidos para pegar elétrons. O grupo 1B em geral só enfia 1 elétron nos não-metais, com exceção do ouro, um metal quase assexuado que, de vez em quando, quer enfiar 3 elétrons de uma vez nas (raras) relações. Já o grupo 2B, em geral, enfia 2 elétrons no rabo na eletrosfera dos não-metais.

A divisão será um pouco diferente por aqui. Classificaremos esses metais mais informalmente, em: 
 
- metais vagabundos comuns, usados na metalurgia ou encontrados quase sempre só em forma de minérios: os elementos mais leves do grupo 8B (ferro, cobalto, níquel) e os elementos do grupo 2B (zinco, cádmio, mercúrio); 

- metais assexuados preciosos ou nobres, que em geral não reagem com outros elementos e são raros: os elementos mais pesados do grupo 8B (rutênio, ródio, paládio, ósmio, irídio, platina) e os esnobes dos metais moedas (cobre, prata, ouro); 

- metais radioativos artificiais, todos aqueles que ficam embaixo desses elementos e não servem para nada a não ser encher a tabela periódica. 

Primeiro, vamos abordar a ralé dessa turma, os metais comuns. Não são chamados assim por sua abundância, pois o cádmio e o mercúrio - graças aos céus, pelos motivos citados abaixo - não são fáceis de encontrar, e sim pela sua incorrigível tara por não-metais, formando vários minérios.


- Ferro: É um dos elementos mais encontrados no planeta. Existe ferro em toda parte, principalmente nos vestibulares, onde ferram com milhares de alunos nas estruturas metálicas. O elemento não é encontrado puro na natureza, já que tem muito apetite sexual muita afinidade com os não-metais, principalmente o oxigênio, o enxofre e os halogênios, doidos para fazer sexo com um metal. Esse garanhão ainda não se contenta com os não-metais e já foi visto em surubas, na maior parte das vezes sendo o dominante da sem-vergonhice, tanto em relações mais comuns, como sulfatos e carbonatos como também entre metais bissexuais e não-metais. Não contente com isso, existem muitos casos onde o ferro não apita, como em compostos de nome feio chamados de ferrocianetos e ferricianetos, e todos aqueles onde os metais alcalinos e alcalino-terrosos, os garanhões da tabela periódica que adoram enfiar elétrons até em metais mais gays, participam. O ferro também tem a propriedade de ser atraído pelos ímãs, como os seus companheiros cobalto e níquel, mas aí não tem nada de sexual nisso, é apenas uma esquisitice desse metal. Curiosamente, o carbono, um não-metal, prefere fazer amizade e não sexo com o ferro, resultando no aço. 

- Cobalto: Esse metal já foi amaldiçoado no passado, quando encontraram minérios desse metal em minas de prata e ele foi acusado de ser produto da feitiçaria de duendes malignos capazes de transformar aquele metal nessa merda nesse minério. O cobalto também tem a estranha atração pelos ímãs e compartilha das propriedades físicas e químicas do seu vizinho ferro. Ou seja, é um pervertido, adorando não-metais e frequentando inúmeras surubas. 

- Níquel: Outro metal com a mania de se juntar a um ímã é o níquel, metal usado para fazer as moedas de menor valor, já que tem aparência menos vagabunda mais vistosa do que os seus vizinhos ferro e cobalto. Mesmo assim, ele é um tarado por não-metais, e é bastante comum, daí o fato de ser considerado um metal reles não-valioso. 

- Zinco: Este metal é conhecido não só por ser componente de chapas metálicas como por, quimicamente, ser um típico metal bissexual, que adora tanto os não-metais quanto os metais, nas inúmeras surubas, chamadas de "zincatos". Para se ter uma idéia de sua perversão sexual, tem maior gosto pelo oxigênio e outros não-metais do que o próprio ferro. E adora ficar com outros metais, formando tanto ligas quanto relações hediondas onde ele quase nunca é o dominante. 

- Cádmio: Do mesmo grupo do zinco, o cádmio também tem um comportamento ambíguo, adorando metais e não metais. O que ele mais gosta de fazer é, no entanto, tirar algumas vidas, pois é um psicopata. Apesar disso, foi muito empregado para fazer aquelas famigeradas baterias de níquel-cádmio, que deixavam os geeks loucos da vida pois perdiam facilmente a carga. Por isso, pararam de usar esse elemento venenoso para dar lugar ao lítio e fazer baterias menos imprestáveis e danosas ao meio ambiente. 

- Mercúrio: Este é um dos metais mais estranhos da tabela periódica, por ser líquido. Não adianta colocar essa porcaria no freezer, pois ele só vira um metal que se preze, sólido, aos -39 graus Celsius, ou seja, só no Pólo Norte ou no Pólo Sul. Ainda por cima, é um assassino desgraçado, mais ainda que o cádmio, sendo responsável por muitas mortes no seu currículo. Alguns otários se divertem brincando com essa coisa, por ser um líquido e parecer com prata, fazendo gotas com ele, revirando os recipientes onde ele fica para fazê-lo escorrer e até tocando para ver se molha o dedo. Não sabem que correm risco de ir para o beleléu por causa dessa tolice. A criatura também é louca para fazer uma relação selvagem com o enxofre, formando aquela pedra vermelha tóxica, o cinábrio, o minério usado para extraír esse líquido prateado bizarro. Também adora os halogênios. Às vezes não se conforma de ser um líquido, e acaba sequestrando os outros metais, formando ligas sólidas chamadas de amálgamas.

No próximo post, serão abordados os metais mais metidos a besta da tabela periódica. Aguardem.