quinta-feira, 27 de março de 2014

Bovespa dá o recado

Saíram novos resultados das pesquisas mostrando que a popularidade de nossa presidentA caiu, dos 43% no final do ano para 36%. Os descontentes com o governo aumentaram: antes, eram 20%, agora já são 27%. 

Outra notícia aparentemente ruim é o número de assinaturas no Senado para a aprovação de uma CPI para a Petrobras, em pleno ano eleitoral. Muitos já desconfiam que a gestão na Petrobras seja pior do que o escândalo do Mensalão. Se aqui fosse o Egito e Dilma fosse Mohammed Mursi, já teria sido enforcada e muitos iriam querer ver sua cabeça espetada num poste. 

A queda na popularidade e a ameaça de uma CPI, ao invés de colocar pânico na Bovespa, surtiu efeito contrário. Os investidores ficaram animados. A Bolsa disparou: 3,5%, e o dólar caiu bastante, para R$ 2,26. Antes, estava em mais de R$ 2,30 e ameaçava ir a R$ 2,40. 

Resta saber qual será o resultado das eleições. Vai depender não só de Dilma e do PT, mas do Eduardo Campos, visto como uma alternativa para manter as conquistas do petismo sem os escândalos e os vícios adquiridos desde a posse de Lula (leia-se Mensalão, sanguessugas, dólares na cueca e agora o caso Petrobras), ou de Aécio Neves, o herdeiro político do avô, Tancredo Neves, considerado o "pai" da Nova República e cuja morte ainda é lamentada (não é para menos, bastando ver quem ocupou o Planalto depois).



P.S.: Eu fiz referência ao Egito, e a pesquisa do Ipea parece trazer números vindo de lá, uma nação islâmica. Segundo consta, a maioria dos entrevistados acha que mulher usando roupas curtas "merece ser atacada", ou seja, é digna de estupro; mesmo a constatação que a maioria não aceita o espancamento de mulheres pelos seus maridos não invalida a seguinte impressão: no Brasil são difundidas e enraizadas idéias não só machistas, mas também coniventes com atos considerados obscenos.

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