segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Dilma em apuros

Dilma deixou vazar o nome de Joaquim Levy, diretor-superintendente da Bradesco Asset Management e ex-secretário do Tesouro no governo Lula, como ministro da Fazenda. Ele seria confirmado na sexta-feira, mas a presidentA resolveu adiar para a próxima quarta, após a votação da emenda na Lei das Diretrizes Orçamentárias. 

O mercado não gostou do adiamento, e a Bovespa caiu 1,21%. O dólar também voltou a subir, para quase R$ 2,55. Não foi o único motivo para as oscilações: houve embolso de lucros aos acionistas de diversas empresas. 

Por outro lado, muitos petistas mais radicais estão furiosos com a indicação de Levy, nome muito 'liberal' para os companheiros de Dilma. Eles também já estavam com rusgas de Kátia Abreu, da bancada ruralista, para o Ministério da Agricultura. Para os mais radicais do PT, esses dois nomes são "de extrema direita", num país onde o conceito de "direita" e "esquerda" é confuso. 

Enquanto isso, continuam as investigações da Operação Lava Jato, com vários executivos de empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobras ainda presos. As notícias sobre propinas e novas descobertas sobre os desvios de verbas na outrora maior empresa nacional tornam este o maior escândalo político-econômico da Nova República: no mínimo R$ 5 bilhões, segundo a Morgan Stanley (podendo chegar a muito mais do que isso: R$ 21 bilhões) transformados em contas privadas e financiamentos eleitorais, inclusive o da presidência da República. 

Por conta disso, a oposição quer os depoimentos de Dilma e seu mentor, o ex-presidente Lula.

Dilma extremamente animada com as 'boas novas' e a repercussão de suas ações

2014 vai terminar sendo uma desgraça para muita gente do Brasil, inclusive para a presidentA, que ainda tem um mandato inteiro para cumprir (ainda não se pode descartar a possibilidade deste governo durar até 2018). 

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