Muitos paulistanos não assimilam a vitória do PT, mesmo com as denúncias de roubalheira na Petrobras e o jogo sujo nas eleições presidenciais. Por isso, resolveram protestar hoje próximo ao MASP.
Os protestos voltaram, como no ano passado (Fernando Zamora/Futura Press)
Nem todos, como apregoavam alguns jornalistas, queriam a intervenção militar, mas a maioria protestava contra os desmandos e a corrupção do governo Dilma, e por isso exigiram um processo de impeachment. É algo difícil, mas não impossível de acontecer, devido ao clima ruim entre o Planalto e o Congresso, que não aceitou a ideia requentada do plebiscito para a reforma política.
Outro protesto aconteceu não muito longe dali, em Pinheiros, mas desta vez contra o governador Alckmin, considerado incapaz de resolver a crise hídrica. De fato, o sistema Cantareira está prestes a entrar em colapso, mesmo com as chuvas de ontem e hoje: está em raquíticos 12,2%, mesmo com o volume morto. Eles também souberam da outra manifestação e denunciaram o "golpismo" contra Dilma.
Há quem diga que os protestos vão voltar com mais força ainda do que em 2013. Os mais paranoicos pensam em casos como o Egito ou a Tailândia, que sofreram com golpes militares. Outros temem o contrário: um golpismo oficial para o PT se perpetuar no poder, como está acontecendo com os vizinhos ditos "bolivarianos". Há quem pense em um processo de impeachment, cuja possibilidade de sucesso não depende só da vontade de seus defensores. 2015, de qualquer forma, será um ano ainda mais amargo do que 2014.
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