terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Para refletir sobre o momento atual

Os pensamentos livres da influência autoritária, de um lado, e das ideias inspiradas em Karl Marx, de outro, começam a dar lugar àqueles mais liberais, baseadas no valor do mérito, do empreendedorismo e da responsabilidade individual, sem depender da tutela estatal.

Nosso modo de pensar está muito vinculado ao conceito de "Estado-patrão", ou "Estado-babá". Muitos defendem a intervenção do governo para melhorar a vida dos pobres, como fizeram os governos de Getúlio, Juscelino, FHC e Lula, só para citar os mais bem sucedidos nessa tarefa. Outros defendem o Estado forte para garantir a ordem e o progresso, de acordo com o velho lema positivista, para o Brasil alcançar o desenvolvimento econômico, como (novamente) Getúlio e os governantes militares. A maioria da população quer o Estado provedor da saúde, educação e segurança. E uma boa parte dela culpa o Estado pela dengue, pelos buracos nas ruas, pelo lixo.

Não se pode dizer que quem defendam estas correntes estejam completamente certos nem totalmente errados. Porém, estamos desacostumados às vozes defensoras de um Estado mais enxuto e que procure ajudar simplesmente não atrapalhando. Uma sociedade menos dependente dele e mais dona de si, e o exemplo mais notável, e também mais rejeitado, são os americanos, vistos com fortes reservas pelo grosso da intelectualidade brasileira, ainda mais porque eles elegeram alguém como Donald Trump.

Tudo isso seria um idealismo estéril sem compreender as diferenças entre as sociedades mais liberais em relação à nossa. Não se combate um problema sem estudá-lo com profundidade. Um dos articulistas do blog Minuto Produtivo, Arthur Rizzi, escreveu em setembro deste ano uma série de três postagens sobre as causas do Brasil ser um país com tantas dificuldades em deixar de ver no Estado o provedor de tudo. Deve-se considerar isso algo mais do que uma crítica ao brasileiro, visto sempre como passivo e ignorante politicamente, culpado por eleger maus governantes e conformado com o subdesenvolvimento. Ao mesmo tempo, o autor sabe que não vai conseguir explicar tudo em apenas três artigos, e reconhece que o texto não vai ser do agrado de todo mundo. Leia AQUI, AQUI e AQUI

Nenhum comentário:

Postar um comentário