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| Obama e Trump discursaram nesta semana (Reuters, pelo site do Boston Globe) |
Não tive tempo hábil para acompanhar em profundidade os discursos de Barack Obama, ontem, e de Donald Trump, hoje.
Deu para notar, pelas análises, que o último discurso do democrata no poder foi elogiado, e o discurso do republicano que ainda vai tomar posse virou alvo de críticas. Obama defendeu o legado de seu governo e falou de temas como racismo, democracia, Rússia, China e terrorismo. Trump falou sobre o muro da fronteiro com o México e o que mais vai fazer, tendo como prioridade a geração de empregos, embora nos EUA este não seja o principal problema: são 4,9%, segundo dados de junho de 2016, em trajetória descendente.
Muitos defendem o milionário eleito porque ele ainda nem tomou posse, enquanto atacam o (ainda) presidente, acusando-o de ter palavras bonitas mas maus resultados em termos de combate ao terrorismo dentro e fora das fronteiras. Por outro lado, os defensores do primeiro presidente "afrodescendente" apoiam-no como uma figura histórica e simbólica, e ridicularizam a postura de Trump, visto como alguém que tem muito a aprender como lidar com a imprensa: ele se recusou a responder perguntas de alguns jornalistas, acusando-os de darem notícias falsas.
Obama, com seu "bordão" Yes, we can! (Sim, nós podemos!), com o qual terminou seu discurso final, vai se tornar parte da História. Será difícil dizer algo a respeito de Trump, e também imprudente especular sobre algo ainda a ser realizado: só o tempo vai dizer.
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