quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

E por falar nele...

... Trump está disposto a cumprir a sua maior e mais impactante promessa: construir o muro para separar seu país do México. 

O presidente americano assinou o decreto e ainda referendou o que ele próprio disse, durante a campanha. Os mexicanos irão pagar, "de uma maneira ou de outra". 

Pelo outro lado da peleja, isto é, da fronteira, o governo mexicano de Enrique Peña Nieto está chamando a atenção pela tibieza. Até agora, nenhuma resposta à medida, que será levada em prática e não terá prazo para terminar. 

O muro está orçado em fabulosos US$ 8 bilhões, ou seja, não será um cercadinho com arame farpado. Por meio dele, Trump espera barrar o tráfico de drogas e a imigração ilegal, conduzida pelos "coiotes". Um efeito imediato dessa medida é deixar Trump cada vez mais colocado, pelos detratores, na turma de Mussolini, Hitler, Stalin, Mao, Idi Amin Dada, Calígula e Átila o Huno. Ou Rodrigo Duterte, Islam Karimov, Robert Mugabe, Tayyip Erdogan, Nicolas Maduro e Kim Jong-un. Ou, de forma menos injusta, como o Trump de Os Simpsons.

No dia anterior, ele já havia cumprido mais uma promessa de campanha: barrar a entrada de cidadãos de seis países muçulmanos por pelo menos um mês - Sudão, Irã, Iraque, Líbia, Somália e Iêmen - e qualquer um que tentar entrar por via clandestina, mesmo alegando ser refugiado, por três meses ou mais. A não inclusão da Síria entre os países vetados indica que a lista pode aumentar.

Pelo menos não acusarão Trump de não cumprir suas promessas. Ele as cumpre num ritmo espantoso, incompatível com o modus operandi dos governantes anteriores, de seus colegas europeus, asiáticos ou mesmo de Vladimir Putin. Seria impossível para qualquer governante brasileiro, até mesmo para figuras históricas como Juscelino. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário