segunda-feira, 26 de junho de 2017

Janot denuncia Temer por corrupção

Parece que nada está contribuindo para Michel Temer concluir seu mandato sem solavancos, até o próximo ano, quando haverá eleições, com probabilidade menor de ser em outubro. 

É possível que o presidente consiga levar o mandato normalmente, mas já é muito pouco provável conseguir uma reeleição. Seu índice de aprovação, segundo o Datafolha, é grotescamente baixo: 7%. Para piorar, Rodrigo Janot, o procurador-geral da República e protagonista da cena política atual - mais o segundo caso do que o primeiro - denunciou-o por corrupção passiva. Ainda há a possibilidade de haver nova denúncia, por obstrução de Justiça.

Rodrigo Janot deixará a PGR em setembro, mas até lá ele será um dos atores principais desta novela da vida real (Agência Brasil)


Na melhor das hipóteses, Temer verá sua carreira política encerrar-se inexoravelmente após o dia 31 de dezembro de 2018. Na pior, ele ficará algum tempo na cadeia. Até alguns anos atrás, isso era improvável, mas a Lava Jato mudou isso.

Quem está mais próximo também de ser preso é o ex-presidente Lula, considerado o grande responsável por toda essa crise política, de acordo com os adversários do PT, partido no poder entre 2003 e 2016 e envolvido em todos os escândalos ocorridos durante esse período, desde o Mensalão até o Petrolão, passando pelo caso JBS e a máfia dos sanguessugas. Antônio Palocci, um dos homens de confiança do ex-presidente, foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A pesquisa Datafolha já considera Lula como possivelmente descartado. Neste caso, os votos irão para Ciro Gomes, Marina Silva e até Jair Bolsonaro, o atual ícone da direita antiliberal. João Dória Jr., em tese representante dos liberais, também foi considerado, mas por ora ele não é presidenciável. Muito menos Sérgio Moro ou Joaquim Barbosa, homens de Justiça e não políticos. 

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