sexta-feira, 9 de junho de 2017

Um dia ruim para o país

O TSE absolveu a chapa Dilma-Temer por 4 votos a 3, numa decisão boa para o governo, mas nem tanto para muita gente que luta para combater a rapinagem ao NOSSO DINHEIRO, dilapidado de forma "como nunca antes neste país", como diria o grande personagem desta página traumática na nossa história.

Pelo entender dos juízes Napoleão Nunes Maia Filho, Admar Gonzaga, Gilmar Mendes e Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, não houve provas suficientes de dolo por parte da campanha, apesar dos indícios: Dilma e Temer foram acusados de usarem caixa 2 e recursos de empresas e entidades investigadas pela Operação Lava Jato, além da ajuda da JBS na campanha. 

Os votos contrários foram do relator Herman Benjamim, Luís Fux e Rosa Weber.

Logicamente, o presidente Temer comemorou a decisão, mesmo sabendo que o mercado já não confia mais nele, e apostava nas reformas trabalhista e previdenciária com ou sem mudanças políticas. Como disse Marcelo da Costa Santos, CEO da Engebanc Real Estate, consultora imobiliária que presta serviços a outras grandes empresas: 

"Não tenho 'bandido de estimação', todos os envolvidos em corrupção têm que ir para a cadeia mesmo. Por outro lado, tem que ser pragmático: quem vai tocar o país agora? Se vamos prender todo mundo, não sobra ninguém. Ou alguém que não tem capacidade nenhuma de negociar"

Para muitos, é o que poderá acontecer em uma eleição antecipada, direta ou indireta. Por outro lado, a decisão acabou por não punir ninguém, nem mesmo a titular Dilma Rousseff, que estava correndo o risco de perder seus direitos políticos, mantidos por decisão final do Senado e do então presidente do STF Ricardo Lewandowski.

O tempo vai fazer avaliar melhor as consequências do veredicto feito no TSE.

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