terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Orgulho e vergonha de novembro

Como é praxe, este blog vai apresentar quem se destacou positivamente, merecendo o selo do Orgulho Nacional, ou, pelo contrário, quem acabou levando o outro selo, o da Vergonha. 

Ainda vou avaliar se o tema vai ser mantido em 2019. Em caso afirmativo, não seguirá esta ou aquela ideologia, mas deve se pautar em critérios objetivos, tendo a ética em primeiro lugar. Pelo menos até agora isso está sendo mais ou menos observado.

Em novembro, quem levou o selo do "Orgulho Nacional" foram os arquitetos Gustavo Utrabo e Pedro Duschenes, que levaram o prêmio de melhor prédio do mundo pela Royal Institute of British Architects (Riba). Eles projetaram o prédio Moradias Infantis, um modelo de construção de ótimo custo-benefício para escolas de regiões pobres e quentes, em regime de internato, como um modelo deles feito no Tocantins. 

Escola feita no Tocantins pelo Aleph Zero, empresa dos curitibanos... (Estúdio Palma)

.. Utrabo (esquerda) e Buschenes (direita), representantes do talento nacional (adaptado de foto de Vinícius Postiglioni)

Agora, quem mereceu mesmo o outro selo foi o executivo Carlos Ghosn. Ele foi preso por acusação de desviar milhões de dólares quando era CEO da Nissan, além de mentir ao Fisco japonês, indicando ganhos inferiores aos reais. Por isso, ele foi demitido. A descoberta virou um escândalo internacional. Ghosn foi o responsável pela recuperação financeira da fábrica japonesa, controlada pela francesa Renault. Esse talento para os negócios cobrou um alto preço para o grupo, ainda formado pela também japonesa Mitsubishi. Se a falcatrua fosse no Brasil, nem seria descoberta. Como ele não recebeu ainda uma sentença, embora esteja na prisão, não escapará de ser selado aqui. 

Carlos Ghosn também usou seu talento na Nissan, mas protagonizou um escândalo financeiro que o tornou não só uma vergonha nacional, mas também mundial (Vanderlei Almeida/AFP)


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