terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Começa o governo Bolsonaro

Em um momento histórico do Brasil, o presidente Jair Bolsonaro tomou posse, tornando-se o trigésimo oitavo governante do país. 

Fiel ao seu estilo, ele resolveu utilizar o Rolls-Royce tradicional. Cogitava-se usar um modelo blindado, mas Bolsonaro preferiu ficar menos isolado do povo. E não foi pouca gente: 115 mil pessoas. Se ficou longe das multidões que compareceram à posse de Lula em 2003, também ficou bem acima dos 40 mil que compareceram à posse de Dilma em 2015. 

Nos discursos no Congresso, quando foi oficializado como presidente pelo (ainda) chefe do Legislativo, senador Eunício Oliveira (MDB-CE) e após receber a faixa do agora ex-presidente Michel Temer (que saiu discretamente do Planalto para enfrentar seus processos na Justiça), Bolsonaro falou em combate à corrupção, à criminalidade e às ideologias, estas últimas consideradas nocivas às crianças pelo suposto perigo de doutrinação socialista e marxista. Quando já estava com a faixa presidencial, a primeira dama Michelle Bolsonaro se comunicou com a multidão em Libras, a linguagem de sinais usada pelos surdos, indicando que o governo dará atenção a quem possui alguma deficiência física. 

 
Cerimônia da transferência da faixa presidencial (do canal Band Jornalismo)

 
 Michelle Bolsonaro, nova primeira-dama, usa a linguagem Libras para falar ao povo


Apesar de deixar claro que governa para todos os brasileiros e não apenas para os 57 milhões que votaram nele, ele continuou a repetir a frase de campanha "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". 

Na posse, compareceram poucos chefes de Estado, como Marcelo Rebelo (Portugal), Tabaré Vasques (Uruguai), Sebastián Piñera (Chile), Evo Morales (Bolívia), Benjamin Netanyahu (Israel) e Viktor Orban (Hungria), além de representantes diplomáticos de outros países, inclusive o Secretário de Estado americano Mike Pompeo e o chanceler argentino Jorge Faurie. Donald Trump e Maurício Macri parabenizaram Bolsonaro pelas redes sociais. 

Antes, os governadores tomaram posse. Em São Paulo, João Dória Jr. prometeu um governo de trabalho e renovação do PSDB, enquanto no Rio de Janeiro Wilson Witzel fez duro discurso contra a criminalidade, chamando os chefes do crime organizado de "narcoterroristas". Romeu Zema, em Minas Gerais, também prometeu austeridade. Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, fez apelo por união, pois o seu estado, assim como Rio e Minas, está em situação financeira terrível.

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