Depois da repercussão para lá de negativa da postagem aprovada pelo presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais, citado no artigo anterior deste blog, o assunto está arrefecendo.
Hoje não estão tratando isso como se fosse uma intenção de fazer "golpe branco", mesmo porque não é tão fácil mesmo para alguém como o presidente, que, aliás, está nas principais notícias do país.
Como isso não pareceu indício suficiente para se temer uma atitude salvacionista de Bolsonaro, resolveram dar destaque a outra postagem, também curtida por Bolsonaro, onde um pastor evangélico francês nascido no Congo disse que ele era um "enviado de Deus". A postagem chegou a causar estranheza em muita gente, até mesmo na deputada estadual Janaína Paschoal, conhecida por sua postura crítica mesmo sendo do PSL, o partido do presidente.
Mesmo assim, não há outros sinais, por ora, de radicalização. Ao contrário: nesta semana Bolsonaro está se mexendo para apaziguar os ânimos na classe política e na opinião pública.
O presidente discursou na Firjan, a entidade empresarial do Rio de Janeiro (Alan Santos/PR) |
Ele voltou a se manifestar pela tal "nova política", em discurso na sede da Firjan, no Rio de Janeiro, com o governador Wilson Witzel e o prefeito Marcelo Crivella. Criticou as corporações (quais?) e exortou o público presente, formado por empresários, a "lutar contra o atraso". Ainda fez piada do caso dos "laranjais" envolvendo seu partido (e também seu filho senador, Flávio, e o ex-assessor dele, Fabrício Queiroz), dizendo que "a laranja é um produto bastante rendoso (sic)". E mais uma vez falou mal da classe política, em uma frase que parece de sua campanha:
"É um País maravilhoso, que tem tudo para dar certo, mas o grande problema é a nossa classe política"
Ao mesmo tempo, ele tentou compensar isso com acenos para manter a colaboração com o Legislativo. Isso foi reforçado na reunião que ele teve com parlamentares de sua frágil base de apoio (incluindo, obviamente, os pesselistas) no Palácio do Planalto.
Na sexta-feira, ele irá viajar para o Nordeste pela primeira vez desde a posse, para se encontrar com os governadores e inaugurar obras como um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida (programa criado no governo de Lula, considerado o grande inimigo do bolsonarismo, e ameaçado de contingenciamento por falta de verbas no Orçamento) em Petrolina (PE). Bolsonaro irá lançar o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), para investir em infraestrutura e tentar reverter a altíssima rejeição ao governo dele.
N. do A.: O mercado ainda está bastante cético em relação ao governo, com o dólar hipervalorizado e ameaçando explodir. Nem a intervenção do Banco Central foi o bastante para estancar a alta. E, enquanto a caravana passa de forma claudicante, os cães continuam a ladrar, criticando a excessiva ênfase do governo em armar a população e tentando ligá-lo às milícias. Muitos desses cães continuam a uivar para o Lula.
N. do A.: O mercado ainda está bastante cético em relação ao governo, com o dólar hipervalorizado e ameaçando explodir. Nem a intervenção do Banco Central foi o bastante para estancar a alta. E, enquanto a caravana passa de forma claudicante, os cães continuam a ladrar, criticando a excessiva ênfase do governo em armar a população e tentando ligá-lo às milícias. Muitos desses cães continuam a uivar para o Lula.
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