quarta-feira, 28 de abril de 2021

Quem precisa de um "smartwatch"?

O acessório, termo em inglês para "relógio inteligente", é mais um daqueles "troços" tecnológicos surgidos nos últimos anos, ainda pouco difundidos no Brasil, um país cujo povo é sabidamente constituído por maioria de baixo poder aquisitivo. 

Parece um relógio digital comum, daqueles conhecidos nos anos 80 e 90 (lá vem a "oitentolatria"/"noventolatria" aí, mas possuem muito mais funções, porém os preços são incomparavelmente mais altos. Alguns, como o Apple Watch 6, possuem o preço quase tão aterrorizante quanto o de um iPhone 12 Pro Max, o celular topo de linha da marca da maçã. Porém, a maioria fica na faixa entre R$ 800 e R$ 3.000, aproximadamente o preço de um smartphone intermediário. 

O que essas traquitanas fazem, afinal? Como já foi adiantado, possuem mais funções do que um relógio comum, como enviar mensagens, ler e-mails (algo difícil numa telinha como a de um smartwatch), verificar chamadas telefônicas e até atender, sem precisar tirar o smartphone do bolso. Alguns modelos possuem NFC para fazer pagamentos, outros possuem câmeras como o relógio de James Bond. A maioria possui funções para monitoramento da saúde, medem o nível de stress, batimentos cardíacos, passos e até possuem oxímetro, mas não dá para confiar muito nas informações. A maioria também tem certificação contra água ou poeira, como o IP68. 

O modelo Amazfit GTS, da Xiaomi, é um dos smartwatches disponíveis no mercado (Divulgação/Amazon)


Esses gadgets são dependentes dos celulares, comunicando-se com eles via Bluetooth. Não é possível desfazer-se das "telhas" tecnológicas, grandes e difíceis de enfiar no bolso, devido às exigências por telas e baterias parrudas. 

Para quem não está interessado em gastar tanto, há opções mais simples, como as smartbands, ou pulseiras inteligentes, que basicamente servem para monitoramento e contagem de passos, além das funções de um relógio digital. Possuem um formato menor e aparência mais frágil. 

Outra opção, pior, é comprar aqueles badulaques xing-lings, meras imitações dos verdadeiros smartwatches. Como os verdadeiros, são, na maioria, de procedência chinesa, mas seu controle de qualidade, ao contrário daqueles, é praticamente nulo e os materiais são de procedência duvidosa. 

Os smartwatches são interessantes para quem não gosta dos rituais de tirar e colocar os celulares do bolso, e estão preocupados com a saúde, mas devido ao seu preço, possuem custo benefício ainda bem ruim. Ainda irá demorar algum tempo para se popularizarem. 

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