sexta-feira, 30 de abril de 2021

2021 supera 2020 como o ano mais terrível (e bizarro) do século XXI

Passaram-se quatro meses de 2021 e preparemo-nos: ainda faltam mais oito!

Uma coisa é certa: este ano já está se tornando um pesadelo. Se alguém, há quatro meses, tinha esperança de um ano novo melhor, deve estar se arrependendo de seu otimismo tolo. 

Quem deve estar comemorando 2021 são os corruptos, os que abusaram e ainda abusam do poder (à exceção do agora ex-governador do Rio Wilson Witzel, afastado hoje pelo impeachment) e têm a chave dos cofres públicos. Membros das ditaduras chinesa e russa também devem estar comemorando o momento atual, assim como a indústria farmacêutica, os bilionários e alguns empreendedores que souberam aproveitar a crise provocada pelo coronavírus. O resto? Ora, o resto...

2021 superou em quatro meses, de longe, todas as mortes provocadas pelo nosso mais insidioso inimigo do momento em 2020, graças à irresponsabilidade dos governos federal, estaduais e municipais, vistos como capadócios, oportunistas e ineptos, enquanto a população está sem rumo, nem dinheiro ou saúde. O governo federal preocupa-se com questões ideológicas, sendo apoiado por seus acólitos fieis, dizendo para o povo atarantado ter uma vida normal e desprezar as medidas de proteção, mesmo com o alto risco de se pegar o vírus (afinal, todos morrem...). Enquanto isso, a mídia e os artistas, mais por oposição ao presidente do que pelo apreço à ciência, dizem o oposto, repetindo para o mesmo povo ficar em casa e esperar pelas vacinas ainda em quantidade insuficiente e qualidade questionada, seja a CoronaVac, os produtos da AstraZeneca e da Pfizer ou outras como a Sputnik dos russos. Esta situação faz muitos invocarem o personagem Gloucester, de Rei Lear, fora do contexto da obra de Shakespeare

"É tempo de peste quando loucos guiam cegos!"

Enquanto os governos estaduais e municipais mostraram seus fracassos em administrar a crise, muitos deles mais preocupados com o estrago político do que com a população. Isso tudo piora devido aos vários casos de desvios. Dinheiro destinado aos tratamentos e equipamentos sendo surrupiados. NOSSO DINHEIRO. 

Para aliviar a nossa patética rotina, muitos tentam fugir da realidade tentando organizar e ir às festas e outros fatores de aglomeração, agora comparados às atividades criminosas. Ou se refugiar na bebida, na comida, na Internet, nas redes sociais e na televisão. Aliás, nesta última, temos o final de mais uma edição do BBB (ainda não acabou!) e o Faustão prestes a voltar para a Band, para espanto de muitos...

Enquanto isso, muitos morrem de COVID-19, e também por causa da violência, especialmente mulheres e crianças. A Guerra Fria recrudesceu ainda mais com Joe Biden na Presidência, e aumentou o risco de conflitos no Mar da China Meridional e na Ucrânia. Temos conflitos agora em lugares como Moçambique, onde terroristas tomaram o norte do país seguindo os exemplos do Boko Haram na Nigéria e do (ainda não extinto) Daesh no Iraque e na Síria. Mianmar sofreu um golpe militar. Nos países avançados, cresce a insatisfação contra a democracia. 

Nesses espetáculos de horrores e bizarrices neste planeta azul cada vez mais assemelhado ao navio dos loucos, como já foi escrito antes no blog, vamos nos preparando para o pior, na esperança de haver algo melhor. 


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