segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Legados da Paralimpíada

Enquanto a mídia concentra atenção no maior escândalo recente do futebol mundial (ler AQUI), pouco se falou das Paralimpíadas em Tóquio, que terminaram ontem. 

Para os atletas brasileiros, foi um reconhecimento dos seus esforços. A delegação obteve o maior número de medalhas de ouro da história (23) e empatou com a edição de Londres em número de medalhas (72). O nadador Daniel Dias, escolhido para ser o porta-bandeira no encerramento, encerrou a carreira vitoriosa. Ele conquistou três medalhas de bronze na categoria S5, para nadadores com lesão medular moderada: 100 e 200 m livres e revezamento 4x50 m. Em sua carreira, ele conseguiu 27 medalhas olímpicas, sendo 14 de ouro, 7 de prata e 6 de bronze. 

Daniel Dias foi o porta-bandeira da delegação durante a cerimônia de encerramento das Paralimpíadas (Issei Kato/Reuters)

Mais do que promover a inclusão dos deficientes e mostrar seus potenciais como competidores, as Paralimpíadas deste ano foram resultado de um esforço para se tornarem viáveis em meio à pandemia de coronavírus. Por outro lado, o Japão levará anos para esquecer os prejuízos econômicos causados pela pandemia e pela organização dos Jogos. Os organizadores em Paris estão cientes dos riscos, inclusive o da COVID-19 se tornar uma doença endêmica em 2024. 



N do A.: O escândalo envolvendo o jogo interrompido pela Anvisa entre Brasil e Argentina foi um festival de erros e omissões, por parte da AFA (a associação do futebol argentino), a CBF, a Conmebol e os organizadores da Neo Química Arena em Itaquera. A Anvisa, que invadiu o campo aos cinco minutos do primeiro tempo, já havia alertado sobre os riscos do jogadores argentinos atuantes em clubes ingleses, listados como possíveis riscos de transmissão do coronavírus e que deveriam cumprir quarentena (Martínez, Buendía, Lo Celso e Cristián Romero). Isso tudo repercutiu na imprensa esportiva do mundo inteiro, e pode ter consequências atrozes, inclusive para a Fifa. 

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