segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Voltemos a abordar a doença...

Apesar da COVID-19 estar em processo de declínio no mundo, o Brasil ainda está mal no cenário. O número de casos e mortes ainda continua elevado, e poderia ser bem pior se não houvesse vacinas disponíveis para imunizar a população. E poderia ser melhor, caso o cronograma de vacinação fosse melhor estruturado, com mais coordenação e menos disputa por vaidades políticas e ideológicas. 

Recentemente, o Brasil passou por um desabastecimento na vacina da Fiocruz, em conjunto com a AstraZeneca. Semana passada, o fornecimento foi aparentemente normalizado. Por outro lado, continuam as suspeitas contra a Coronavac, a vacina mais empregada no mundo, da chinesa Sinopharm, devido à eficiência relativamente baixa. Mesmo assim, a entrada de brasileiros imunizados com este produto é permitida nos Estados Unidos, na Espanha, na Alemanha e nos Países Baixos. 

Para suprir a falta da AstraZeneca, chegaram a usar a vacina da Pfizer (esquerda) como segunda dose para quem tomou o imunizante de origem inglesa; estudos mostraram não haver problemas neste procedimento, apesar da natureza diferente dos dois produtos (Dado Ruvic/Reuters)


Medidas de restrição foram relaxadas devido à tendência de queda, como a permissão de não usar máscara em locais abertos (continua a ser obrigatório em locais fechados, devido ao risco bem maior de contaminação), mas ainda há o risco das variantes mais contagiosas, como a "delta" e a "mu". Estudos estão avançando para saber como essas variantes atuam, e quais medidas precisam ser tomadas sem demora para impedir novos surtos. 

Esta é uma pandemia ainda ameaçadora para nós, e todos os cuidados possíveis devem ser tomados para podermos derrotar o vírus e retomar as atividades normais plenamente. 


N. do A.: O presidente Jair Bolsonaro é alvo de verdadeiro linchamento moral pela imprensa mundial, devido ao seu descaso com as medidas a tomar contra a COVID-19, e tratado como um bufão extravagante a defender o "negacionismo" e o uso de remédios paliativos como a ivermectina no lugar da vacinação. Ele foi até Nova York para a Assembleia Geral da ONU, e irá se defender das acusações de incúria contra as medidas para conter os desmatamentos, além de tentar promover o agronegócio, abalado pela má repercussão sobre o meio ambiente e os casos isolados de "vaca louca" em Minas Gerais e no Mato Grosso. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário