Depois de meses de trabalho, a CPI da Pandemia terminou, com apenas 27 dos 66 indiciados sendo realmente ouvidos e servindo de coadjuvantes para verdadeiros espetáculos midiáticos. A iniciativa não serviu para intimidar o governo, alvo dos trabalhos, e nem para ajudar no combate à pandemia e à crise econômica decorrente desta.
Não há garantia nenhuma de efetiva punição, ou seja, cadeia, para os indiciados, entre os quais o presidente e seus filhos, os ex-ministros Osmar Terra e Eduardo Pazuello, e o dono da Prevent Senior, acusados de divulgarem mentiras sobre a pandemia, fornecerem tratamentos ineficazes e serem responsáveis por verdadeiras aberrações, como o descalabro ocorrido em Manaus, quando centenas de pacientes vitimados pela peste morreram por falta de oxigênio.
Os vários crimes pelos quais o presidente Jair Bolsonaro é acusado, entre os quais "crime contra a hunanidade" no lugar de "genocídio", servem mais para satisfazer a tara da Globo e da oposição do que para efetivamente castigar a incompetência dele na gestão da crise. Aliás, não houve governante, nas esferas federal, estadual ou municipal, a se salvar, nem no Brasil e nem no mundo, com poucas exceções, neste aspecto.
Serviu apenas para tornar o relator da CPI, senador Renan Calheiros, difamado como cacique político em Alagoas, como protagonista político e pretensa voz da oposição ao governo Bolsonaro. Mostrou ser fiel a si mesmo e à sua ambição em continuar influente na política brasileira, como o presidente da CPI, senador Omar Aziz, e seus colegas, constataram, durante o episódio dos supostos vazamentos do relatório final para a imprensa. Renan está fazendo o papel do rato parido por uma montanha.
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