De acordo com um artigo publicado pela jornalista Clara H. Lizarraga para a Bloomberg, a WNWN Food Labs, de Londres, está pesquisando uma alternativa ao cacau para a produção de chocolate, com o pretexto de consciência ambiental. Na Europa, muitos atribuem a produção de cacau ao trabalho infantil e ao desmatamento. A Costa do Marfim, país africano, é o maior produtor mundial de cacau, embora este seja nativo do Brasil, cuja produção está tentando se recuperar desde os anos 1980, quando a "vassoura de bruxa", doença causada por fungos, quase devastou as plantações.
Os responsáveis pelo trabalho estão utilizando como ingredientes a alfarroba, conhecida por substituir o cacau em produtos alternativos veganos. Este ingrediente é o pó fabricado a partir da vagem da alfarrobeira (Ceratonia siliqua), uma árvore leguminosa nativa do sul da Europa. Recentemente, agrônomos brasileiros estão introduzindo este vegetal para atender a demanda, pois tudo é importado por aqui. Este blog tratará deste assunto oportunamente.
A alfarroba é usada para substituir o chocolate há anos |
O produto de alfarroba possui menos calorias e apresenta mais nutrientes, como fibras, magnésio e potássio. Porém, para ter textura de chocolate são empregados óleos vegetais hidrogenados, enquanto o chocolate leva a própria manteiga de cacau, manteiga e leite. Apesar do bom sabor, não é a mesma coisa, logo não é possível afirmar que um doce industrializado, obtido de uma leguminosa, seja realmente aquela guloseima apreciada na Páscoa e nas outras época do ano. Isso a WNWN está procurando sanar, usando técnicas de espectrometria de massa de cromatografia gasosa, para identificar os produtos causadores dos aromas e texturas do cacau.
Este trabalho ainda não está concluído, mas logo os produtos da WNWN estarão disponíveis nas prateleiras de Londres.
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