Bento XVI, nascido na Alemanha como Joseph Ratzinger, foi um papa que tentou, dentro da sua visão conservadora e tradicionalista, conciliar os dogmas religiosos com o pensamento contemporâneo. Mais introspectivo e intelectualizado, foi frequentemente comparado a João Paulo II, um dos maiores estadistas do século passado, mas continuou com o seu trabalho de evangelização, inclusive fazendo viagens frequentes, como fez o antecessor. Sua viagem ao Brasil em 2007 foi bem lembrada pelos fiéis, não só pela canonização do primeiro santo nascido em solo pátrio, o Frei Galvão, mas pelas demonstrações da fé católica ainda forte em nosso país, embora sempre convivendo com a forte concorrência dos neopentecostais.
Ele foi o primeiro sucessor de Pedro, o apóstolo, a renunciar em quase 600 anos, em 2013, alegando problemas de saúde, e desde então, dentro de sua clausura, acompanhou de perto o pontificado do sucessor, Francisco. Por conta disso, não compareceu à Jornada Mundial da Juventude em 2013, no Rio de Janeiro. Quem veio foi justamente Francisco, com grande repercussão.
Depois do súbito agravamento da doença, ele foi para os campos sagrados. Sua morte foi lamentada em todo o mundo, inclusive no Brasil. Foi lembrado por Jair Bolsonaro e Lula. Por coincidência, apenas dois dias após outra morte sentida no planeta inteiro - Pelé - e no último dia deste ano inesquecível, no pior sentido possível.
Bento XVI (1927-2022) |
N. do A.: Feliz 2023!
Nenhum comentário:
Postar um comentário