Na Rússia, drones atribuídos a forças ucranianas foram usados para bombardear bases aéreas, acusadas de serem usadas para atacar alvos civis no país assolado pelas tropas comandadas pelo Kremlin. Mesmo a subsecretária de Estado para assuntos políticos dos Estados Unidos, Victoria Nuland, admitiu a autoria dos ataques aos ucranianos, mas voltou a negar ajuda americana a Kiev.
Enquanto isso, os protestos no Irã contra a ditadura fundamentalista islâmica continuam, e lojas da capital, Teerã, e de outras cidades como Isfahan, passam a fechar as portas em sinal de apoio aos manifestantes. O país vive num regime restritivo, onde a pena de morte é aplicada para quem se rebela contra o governo. Como medida para acalmar o povo, a polícia moral, usada para reprimir mulheres que não usam o hijab para cobrir os cabelos, foi declarada extinta. Isso não parece ser o suficiente.
O povo também está se revoltando na China, contra a draconiana e discricionária lei de "COVID zero", que restringe os direitos de locomoção com lockdowns para tentar conter um surto de coronavírus em Xangai e outras grandes cidades chinesas. Recentemente, as medidas foram amenizadas e foram feitas vacinações, mas ainda há muitas críticas, inclusive do exterior, pois a ditadura está controlando manifestantes por meio de aplicativos nos celulares, e as vacinas empregadas são fabricadas exclusivamente no país - e o Ocidente diz que a eficácia desses imunizantes é inferior à dos equivalentes fabricados por laboratórios como Pfizer e AstraZeneca.
Nem a Copa do Mundo consegue fazer esquecer essas manifestantes, e mesmo ela é alvo da irritação de ativistas, pelas medidas restritivas adotadas contra quem ousa defender a causa LGBTQIA+ em um país islâmico, e também pelo uso intensivo de mão-de-obra em condições alviltantes de trabalho.
N. do A.: Aliás, dentro das quatro linhas onde os torcedores ficam temporariamente longe da realidade, houve as duas partidas mais impactantes das oitavas-de-final. A Espanha, uma das favoritas ao título, foi eliminada nos pênaltis pelo Marrocos, após jogo sem gols e cobranças bisonhas por parte dos jogadores da península: até mesmo Busquets errou sua tentativa. Algumas horas depois, Portugal massacrou a Suíça por 6 a 1, passando a maior parte do tempo sem Cristiano Ronaldo, e seu substituto Gonçalo Ramos, jogador do Benfica, fez um hat-trick, ou seja, três gols, contribuindo para o verdadeiro "chocolate" na equipe do país do... chocolate.
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