Este blog poderia estar se referindo ao STF ou à ONU, como fazem muitos. Acusam uma entidade de deixar de ser a guardiã da Constituição para se meter nos assuntos de outros Poderes e contribuir para deixar o Brasil eternamente à mercê de foras da lei, enquanto a outra é acusada de ser falida e moralmente corrupta (nas palavras do representante israelense, Gilad Erdan) enquanto nada faz para garantir a paz e salvar da morte vidas inocentes numa guerra potencialmente capaz de desencadear aquilo que ninguém quer.
Mas a instituição em questão é a ABL, esta entidade cuja intenção, preservar a língua portuguesa, está totalmente deturpada, transformada há décadas em um clube de fardados esnobes. Aliás, ninguém mais liga para ela, a não ser para ser alvo da maledicência de jornalistas. A última notícia sobre os acadêmicos é a inclusão do termo "dorama" no dicionário oficial. O termo é uma adaptação japonesa para o termo drama, originalmente em inglês, mas também existente em português e outros idiomas com o mesmo significado.
Os doramas são novelas produzidas na Ásia e fazem muito sucesso, premiados internacionalmente e cada vez mais presentes no serviço de streaming. Isso seria justificativa para a inclusão deste estrangeirismo (mais um) na nossa língua? Também serviria como desculpa o dicionário Oxford, onde, no entanto, existe registro da palavra K-drama (variante do dorama na Coréia do Sul)? Aliás, os dicionários ainda servem de padrão para qualquer idioma, principalmente em locais imensos onde cada localidade segue um modo próprio de falar e escrever, como é o caso do Brasil?
O "dorama" conseguiu espaço no Dicionário da Língua Portuguesa da ABL (Instagram / Página oficial da ABL) |
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