A população brasileira está rapidamente envelhecendo, como em boa parte do resto do mundo. Mais de 10% dos brasileiros já tem mais de 60 anos, e essa porcentagem irá subir nos próximos anos.
Décadas de queda na taxa de natalidade resultaram em menos jovens e mais dificuldade no crescimento populacional. Isso é mais acentuado nas regiões Sul e Sudeste. Apesar de ser uma região também considerada relativamente desenvolvida, o Centro-Oeste ainda não tem um índice tão acentuado de idosos. Mais pobres e com uma taxa de natalidade maior, o Nordeste e principalmente o Norte possuem uma população com maior porcentagem de crianças e adolescentes.
Na mídia e na propaganda, ainda é difundada a falsa ideia de um Brasil jovem, do eterno "país do futuro". Ainda há pouco espaço para os mais vividos, como se o meio midiático ainda sofresse de gerontofobia e visse a velhice apenas como a porta para a morte. Até o começo deste século os anúncios estavam dominados por garotos e garotas, de preferência ditos "brancos" representando setores da elite socio-econômica. Somente nos últimos anos houve uma mudança mais acentuada.
Brasil, um país de jovens? Que ideia velha! |
No mercado de trabalho, ainda há resistência à contratação de pessoas com mais idade, vistas como "obsoletas" e sem o dinamismo e o vigor dos jovens. Mas a tendência é o pessoal não desistir de lutar, mesmo que isso signifique não curtir a aposentadoria. Até há mais gente ingressando nas faculdades depois dos 40, 50, 60 ou até 70 anos.
E estamos nos acostumando a encontrar grupos mais numerosos formados de gente com cabelos brancos e rugas. Também é mais fácil achar algum centenário. Ainda são uma minoria das minorias, mas são 37 mil pessoas, segundo o último Censo.
O conceito do "Brasil jovem" agora é um sofisma destinado a morrer... de velho.
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