O Hamas sempre foi considerado um grupo terrorista que nega a existência de Israel e tem como prerrogativa a expulsão dos "invasores" da região, ocupada pelos árabes após a diáspora, o exílio em massa imposto pelos romanos aos hebreus no século I.
Parecia moderar suas ações, aceitar negociações com os inimigos, mas os esforços dos Estados Unidos para aproximar Israel de algumas nações islâmicas pró-Ocidente, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes, irritaram os grupos radicais palestinos. Eles voltaram a dar sinais de radicalização, aparentemente ignorados pelas forças de segurança e inteligência de Israel (como o Mossad e o Shin Beth), e fizeram um ataque ousado e com violência impressionante, fora dos padrões adotados pela militância radical palestina e mais próxima do Daesh, o "Estado Islâmico" que chegou a tomar boa parte do Iraque e da Síria.
Isso matou centenas de cidadãos israelenses, maior massacre desde a fundação do estado hebreu, em 1948. Outras centenas de inocentes, inclusive brasileiros em Israel, foram sequestrados pelos terroristas.
Por sua vez, as forças israelenses reagiram também com fúria, bombardeando a faixa de Gaza e matando outras centenas de palestinos, a maioria deles também inocentes, levando o mundo a se preocupar com a escalada do confronto, ainda mais se forem comprovadas as participações do Irã e dos outros grupos terroristas, como o Hizbollah e mesmo o próprio Daesh. Já está em curso uma saída em massa de estrangeiros, e o resto do mundo teme a expansão da violência e das atrocidades.
Israel reage ao morticínio provocado por terroristas do Hamas com mísseis contra prédios de Gaza (Ashraf Amra/Reuters) |
Serão esperados impactos no preço do petróleo e, consequentemente, de todo o resto, pois haverá encarecimento no custo de produção de gasolina, diesel, plásticos e outros produtos. Os acordos entre Israel e países islâmicos serão inevitavelmente prejudicados, enquanto haverá acusações de conivência ou mesmo cumplicidade com as partes envolvidas, entre as forças políticas inclusive no Brasil. Não está descartado o risco de atentados terroristas fora de Israel ou dos territórios palestinos, e nem uma guerra regional em larga escala, envolvendo o mundo islâmico, os Estados Unidos e a Rússia.
Nesse caso, a humanidade inteira correrá perigo.
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