sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Da série "Grandes varejistas do passado", parte 13 - Pakalolo

Quem viveu aquelas infames duas últimas décadas do século XX abordadas nas outras séries, "Oitentolatria" e "Noventolatria", já ouviu o slogan "Pakalolo de bem com a vida". Passavam geralmente nos domingos durante os reclames do "Plim-Plim", como dizia o Faustão nessa época. 

A Pakalolo foi fundada em 1987, pelo empresário Humberto Nastari, com a finalidade de ser uma opção para os jovens da época. Ela teve uma ascensão meteórica, e antes dos sete anos de idade já contava com 49 lojas espalhadas principalmente nos shopping centers do Estado de São Paulo, vendendo camisetas, calças jeans, minissaias e bermudas. 

Folheto da Pakalolo no início de 1993 (Divulgação)

Esta rede conseguiu bastante projeção mesmo com um nome estranho, extraído do idioma havaiano, significando... maconha. O termo nunca foi explicado oficialmente. 

Parecia ser uma rede sólida, resistindo aos seguidos planos econômicos, mas a rápida expansão também significou um alto endividamento. Com a crise asiática de 1997 e a concorrência tanto formal quanto informal, a Pakalolo foi desaparecendo dos shoppings e em pouco tempo a rede se tornou apenas uma lembrança. 

Uma das distribuidoras da marca, a Marisol, empresa de malhas catarinense, adquiriu os direitos da marca e chegou, anos mais tarde, a lançar algumas lojas, mas por pouco tempo, devido às baixas vendas. Os clientes não se identificavam com esta "nova" Pakalolo, envolvida com os problemas de gestão da nova proprietária. Mais tarde, as lojas foram abandonadas, e só a marca foi aproveitada, para batizar, neste ano, uma linha fitness, a Soul. 

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