quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Os nomes populares para o vil metal no Brasil

 Estamos às vésperas de mais um desafio para a saúde financeira dos brasileiros, a "Black Friday", ou "Black Fraude", para os mais críticos dessa prática importada dos Estados Unidos. Amanhã, muitos vão gastar os seus suados reais. E, apesar de ser o nome oficial da unidade monetária, o Real está cada vez menos chamado por esse nome. 

Tradicionalmente, os nomes adotados para uma moeda tão modificada por culpa da inflação são bem conhecidos: grana, bufunfa, din-din, mangos, "faz-me rir", "paus", pila. Esses termos são consagrados e muito frequentes. 

No Brasil antigo, 100 réis (até 1942) eram chamados de "tostão", e agora o termo equivale a pouco dinheiro, quando não ao ex-jogador da Seleção

Durante a época do antigo Real, ou réis, 80 ou 100 dessas unidades eram chamadas de "tostão", agora sinônimo de pouco dinheiro. Pior era o "vintém", ou 20 réis. O equivalente a mil unidades monetárias era o mil-réis, o popular "merreis" e, mais tarde, "merreca", quando mil réis não compravam mais nada. E se falavam em "contos de réis", reduzidos para "contos", equivalente a um milhão de réis. 

Na época do cruzeiro, a cédula de mil cruzeiros era muito popular. Entre 1979 e 1985, essa cédula era chamda de "barão", por ter a efígie do Barão do Rio Branco (1845-1912). 

Mais recentemente, o Real, após paulatinamente perder o seu antigo poder de compra (quem se lembrava de quando cinco quilos de arroz valiam quatro reais?), passou a ter alguns apelidos. Uma unidade monetária virou "beija-flor", para alguns, por causa da ave impressa na cédula, agora fora de circulação. Na época da ex-presidente Dilma, era comum falar em "Dilmas". Depois, falava-se em "Temers", mas isso já não era tão comum. No governo Bolsonaro, chegava-se a empregar a palavra "bolsos"; vez ou outra, alguém chamava milhares de reais de "mitos", ou seja, cinquenta mil reais virava cinquenta mitos. Agora fala-se em "Lulas" ou "moluscos". 

E já estão voltando a empregar o termo "contos". Será um termo comum na hipótese de um milhão de reais passar a valer pouco (Deus nos livre!). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário