segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Manifestações a favor do governo e do STF também mobilizaram

A insatisfação contra as arbitrariedades do STF e as decisões do governo alimentaram as manifestações da oposição, reunindo um número expressivo de pessoas. 

Sem algo de positivo para oferecer, as forças da situação ganharam uma boa oportunidade para voltarem a ter relevância, com a aprovação da chamada "PEC da Blindagem", também conhecida como "PEC da Impunidade", mesmo por veículos conservadores como o jornal Gazeta do Povo, por dificultar muito a prisão de parlamentares acusados de crimes, como o uso do plenário e o voto secreto para decidir se o acusado deve ser indiciado pela Justiça, mesmo em casos de flagrante. Esta era uma resposta dos deputados às constantes ingerências do STF no Legislativo, muitas vezes tomando o lugar dele para julgar novas leis. Mas a forma deixou muita gente insatisfeita, até mesmo dentro do Senado, que promete barrar a proposta. 

Usando-se de artistas e formadores de opinião, os situacionistas usaram esta pauta para mostrar a insatisfação das pessoas com os rumos da política. Aproveitaram para colocar outra pauta, essa menos consensual: a rejeição da anistia para os presos do 8/1. 

Manifestantes, desta vez da "esquerda", ocuparam a Av. Paulista (CNN Brasil)

Embora haja fortes indícios de que não superaram a última manifestação oposicionista promovida no dia da Independência, a USP contabilizou cerca de 41 mil pessoas. Muitos questionam a Universidade por seus vínculos com os "progressistas" e anti-bolsonaristas, mas a PEC da Blindagem acabou sendo uma péssima ideia. 

Várias outras cidades tiveram protestos, mas nenhum deles foi relevante como em Salvador, onde Daniela Mercury e Wagner Moura, além de outros artistas, lideraram os protestos. A capital baiana é conhecida por ter muitos adeptos do petismo. 

Salvador também se tornou palco de manifestantes contra a famigerada PEC (Lorena Andrade/Brasil de Fato)

Os protestos parecem ter surtido efeito, e os deputados falam em revisar o texto, para se concentrarem nos chamados "crimes de opinião", algo praticamente criado pela atual situação político-juridíca para perseguir gente (congressista ou não) que ousa discordar das decisões do Supremo de forma mais conduntente. 

Isto mostra a importância da população agir de forma mais proativa em tudo envolvendo os Três Poderes, em teoria os servidores do povo, mas na prática, em muitos casos, servindo-se dele impiedosamente. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário