segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Netanyahu aceita plano de Trump para o fim da guerra em Gaza

 Após se reunir com Donald Trump na Casa Branca, o premiê de Israel Binyamin Netanyahu anunciou o plano do colega americano para acabar com o conflito na faixa de Gaza e libertar os reféns sob o poder dos terroristas. O plano inclui a não anexação automática do território e a anistia aos membros do Hamas em caso de entrega das armas. O grupo radical islâmico ainda é obrigado a deixar o poder e entregar à Autoridade Palestina, sob supervisão de um "Conselho de Paz" liderado pessoalmente por Trump. 

Netanyahu ainda pediu desculpas ao emir do Qatar pelos bombardeios em Doha visando matar integrantes do Hamas residentes no país do Golfo Pérsico. 

Esta circunstância, para muitos, indica que Trump teria aplicado o mesmo remédio amargo usado para lidar com Volodymyr Zelensky da Ucrânia, Cyril Ramaphosa da África do Sul e Tayyip Erdogan da Turquia, mas em doses menos fortes para não espezinhar (muito) o visitante da vez. (A dose para Lula, em caso de visita ao Salão Oval, promete ser cavalar). Afinal, é de longe o maior aliado dos Estados Unidos na Ásia Ocidental, e do qual depende mais do que nunca, devido ao isolamento internacional e às pesadas críticas vindas da Europa, do Canadá e outros países ocidentais. 

Não se sabe quanto à retribuição do governo catari ao pedido de desculpa, mas é muito provável que o Hamas recuse os termos do acordo, forçando a adoção de outras medidas. Membros do governo israelense também não vão engolir o mesmo acordo facilmente. E não há preocupação suficiente com os reféns israelenses e nem a população civil de Gaza, as grandes vítimas deste conflito desumano. 

Netanyahu e Trump concordaram com um plano para Gaza, mas falta combinar com o Hamas (Jonathan Ernst/Reuters)


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