Ontem, Luiz Fux entrou em forte atrito com os colegas ao criticar as irregularidades processuais no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, e decidiu pela absolvição. O episódio abalou ainda mais a imagem do Supremo Tribunal Federal, mesmo com os votos de Carmen Lúcia e Cristiano Zanin a favor da condenação, acompanhando os demais membros da Primeira Turma, Alexandre de Moraes e Flávio Dino. O placar de 4 a 1 é enganoso, escondendo uma possível vitória de Pirro dos inimigos de Bolsonaro. Condenado a 27 anos de prisão, o ex-presidente é um prisioneiro político, na visão de seus apoiadores. E isso pode favorecer a aprovação de uma ampla anistia no Congresso, beneficiando não só a maior parte dos presos do 8/1, como também o ex-capitão e alguns de seus partidários também condenados no processo, como os generais Braga Neto e Augusto Heleno, considerados culpados, pela Primeira Turma, de tramar um golpe contra Lula. Golpe este não colocado em prática, como dizem os apoiadores de Bolsonaro e mesmo por gente que o detesta, mas abomina ainda mais o governo petista.
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Bolsonaro durante sessão especial em homenagem a um pastor aliado, o líder da Igreja Maranata Gedelti Vitalino, em julho; agora, ele tem mais um motivo para chorar (Carlos Moura/Ag. Senado) |
No mesmo dia, mataram um dos jovens representantes do conservadorismo radical nos Estados Unidos. Charlie Kirk, de 31 anos, era um ativista fervoroso dos valores cristãos e tradicionais, apoiador de Donald Trump e sua política dura contra o Brasil e outros parceiros comerciais considerados pouco confiáveis. Ele também era favorável às ações de Eduardo Bolsonaro contra o governo brasileiro e o STF. Os assassinos de Kirk seriam também radicais defensores do progressismo.
Enquanto isso, na Venezuela, o ditador Nicolás Maduro promete resistência contra os americanos, sem se preocupar com acusações de acobertar líderes narcotraficantes em seu país. O Cartel de Los Soles é acusado de comerciar drogas nas Américas, tendo uma influência nefasta nas Antilhas. Sua existência ainda é contestada pelos defensores de Maduro, como o presidente colombiano Gustavo Petro, e Trump escolheu o caminho militar para provar a existência do grupo e sua ligação com o déspota de Caracas.
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