quinta-feira, 23 de outubro de 2025

LDU, o carrasco de brasileiros

 Nas edições da Libertadores da América, a LDU de Quito, time da capital do Equador, costuma impor derrotas e desclassificações dolorosas aos brasileiros. 

Em 2008, ganhou o seu primeiro título, adiando por 15 anos a conquista do Fluminense e fazendo-o amargar o apelido de "Virgem das Américas". Jogadores e torcedores nunca mais esqueceram o trauma. Um ano depois, a dose se repetiu, no final da Copa Sul-Americana. Mesmo com o elenco renovado e a vitória por 3 a 0 no jogo de volta, no Maracanã, os "guerreiros tricolores" viram o time do Equador se consagrarem, pois o jogo de ida, em Quito, foi 5 a 1. A vingança veio só em 2024, na Recopa Sul-Americana, com a vitória dos campeões da Libertadores do ano anterior sobre os equatorianos donos do título da Sul-Americana. 

Antes disso, a LDU havia vencido o São Paulo por 3 a 0 na edição da Libertadores de 2004, durante a fase de grupos. O Santos sofreu duas derrotas no mesmo ano, uma na mesma edição da Libertadores e outra na Sul-Americana, ambos nas fases eliminatórias, mas nas duas competições o Santos venceu na Vila Belmiro e avançou. No ano seguinte, o Santos perdeu na fase de grupos para os equatorianos, por 1 a 0. 

Outras derrotas notáveis de brasileiros foram a queda na Recopa Sul-Americana de 2009, com o vencedor da Libertadores de 2008 derrotando o Internacional, campeão da Sul-Americana daquele ano, por 3 a 0. O Vasco também teve experiência amarga com o time em 2018, durante a fase preliminar da Copa Sul-Americana, sendo eliminado após perder por 3 a 1 em Quito e não conseguir reverter em São Januário, com uma magra vitória por 1 a 0. 

O Flamengo foi humilhado pelo time na fase de grupos da Copa Libertadores, perdendo no primeiro jogo por 2 a 0 e só empatando sem gols no segundo, no Maracanã. 

Agora, o Palmeiras sucumbiu, levando três gols, e dependendo de uma atuação heroica para avançar para as finais da Libertadores. O time de Abel Ferreira esteve irreconhecível e praticamente não jogou o primeiro tempo. No segundo, o time reagiu, mas não conseguiu marcar um gol para compensar os prejuízos. 

Os jogadores da LDU comemoram o grande resultado, capaz de levá-los de novo a uma final de Libertadores, caso o Palmeiras não mostre o seu repertório no Allianz (Franklin Jacome/Getty Images)

Mas a LDU só possui esse poder para derrotar seus adversários, sejam brasileiros, argentinos ou de qualquer outro país sul-americano, com um "super jogador": a altitude de Quito, onde se localiza o seu estádio. Fora dele, o time geralmente se complica bastante. 

Enquanto isso, outro "carrasco" do Brasil, o governo americano, continua a atuar contra o que ele considera foras-da-lei, condenados pela Lei Magnitsky: o Executivo e o Judiciário do Brasil. O governo Lula alimenta as esperanças (e as ilusões) de uma conversa com Trump para reverter as taxas absurdas impostas contra os produtos brasileiros, mas elas só serão levantadas com o recuo da ânsia de Alexandre de Moraes querer calar quem ele identifica como golpista, querendo impedir até o pleno funcionamento de redes sociais sediadas nos Estados Unidos. O "carrasco" pode impor um suplício pior caso considerar válidas as denúncias de Hugo Carvajal, general reformado do Exército venezuelano e dissidente do governo de Nicolás Maduro, acusando Lula de ter se elegido com a ajuda do narcotráfico. 



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