terça-feira, 17 de abril de 2012

As mulheres mais poderosas das Américas se reúnem

Antes, foi em Cartagena, na Colômbia, um encontro marcado pelas divergências entre a maioria dos países americanos contra os EUA e o Canadá, defensores do velho e ineficaz embargo à ditadura castrista em Cuba e críticos da pretensão argentina nas Malvinas (ou Falklands). A conferência terminou sem acordo, no domingo, e foi um fiasco com direito a um escândalo sexual envolvendo prostitutas colombianas e agentes da US Secret Service.

Agora, a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton vai se encontrar novamente com a presidentA Dilma Rousseff, desta vez em Brasília. E as duas mulheres mais poderosas das Américas estão a tratar de assuntos delicados, como a pretensão brasileira a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, e outros nem tanto mas igualmente importantes, como os acordos comerciais entre os dois países e a facilitação dos vistos de brasileiros para viagens aos EUA. Também haverá espaço para Hillary falar da Síria e do Irã. A posição dos brasileiros é ambígua em relação a esses dois países. Muitos petistas acreditam no socialismo de Bachar al-Assad, mais do que crianças em relação ao Papai Noel. E em 2010 foi o Brasil, junto com a Turquia, que tentou convencer o resto do mundo das boas intenções do governo iraniano a respeito da energia nuclear. Aliás, a simpatia de muitos membros do governo com o Ahmadinejad é explícita.

De certa forma, é uma continuação das negociações entre EUA e Brasil, iniciadas em Washington. Tudo indica que haverá entendimento nos assuntos econômicos, mas não na política externa.


P.S.: Hillary Clinton aproveitou para fazer fortes críticas ao governo argentino por ter renacionalizado a YPF, sob controle da espanhola Repsol, assunto exposto na postagem anterior.

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