Continuando a sua política de reviver o velho nacionalismo peronista, Cristina Kirchner a presidente argentina, não se contentou em desafiar os britânicos ao pretender reivindicar as Malvinas, uma das decisões que causou o impasse na Cúpula das Américas, realizada ontem em Cartagena, Colômbia.
Sua nova atitude foi mandar nacionalizar a empresa petrolífera YPF, que nem é (mais) de nacionalidade argentina, e sim espanhola. A YPF foi de propriedade estatal argentina até ser privatizada e passar ao controle da Repsol durante o governo de Carlos Menem, um peronista da velha guarda que adotou uma política econômica liberal (e marcada por escândalos de corrupção). Menem é do mesmo partido da atual presidente, o Justicialista.
Comprou mais briga com os países europeus, desta vez com a antiga ex-metrópole.
Comprou mais briga com os países europeus, desta vez com a antiga ex-metrópole.
Não satisfeita, ela acusou a americana Bünge de sonegação fiscal - mais de 100 milhões de dólares, segundo o governo argentino - e cassou o registro da transnacional no país.
Dias antes, ela cancelou a concessão da Petrobrás para operar no país, acusando a empresa brasileira de formar cartel na distribuição de derivados de petróleo.
Todas essas brigas, aliás, nem parecem parte de uma "peronização", e sim de uma "chavinização". Os peronistas mais moderados nunca iriam querer agir de forma tão radical. Os defensores do caudilho venezuelano, sim.
O que Evita (retrato à direita) faria no lugar de Cristina Kirchner? (foto da Agência Lusa)
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