O governo Dilma anunciou medidas para desonerar a indústria, historicamente oprimida com impostos e benefícios trabalhistas que só aumentam os custos de produção e em nada contribuem para melhorar a vida de consumidores e trabalhadores.
Muitas dessas medidas só vigoram no ano que vem, entre elas a diminuição do IPI para quem compra peças fabricadas em países do Mercosul. Esta medida beneficia sobretudo as montadoras de veículos.
Outras medidas incluem:
- a desobrigação de pagar 20% ao INSS, que desoneram a folha de pagamento; isso, porém, poderia ser acompanhado de um maior compromisso do governo de sanear a Previdência;
- a redução do Cofins, do IPI e do imposto de importação, para equipamentos e investimentos voltados para construção de ferrovias e modernização de portos; a medida estimularia a construção de ferrovias, mas devemos aguardar se (ou quando, no caso de tomarem um pouco mais de juízo) elas serão realmente construídas, para realmente estimular as exportações e incentivar a produção facilitando o escoamento de produtos;
- a implantação da banda larga em mais residências com o aumento, até 2014, da rede nacional para 30 mil km de cabos de fibra óptica e de telefone; como na definição do governo "banda larga" é tudo aquilo que não atrapalha os telefonemas na hora de usar a Internet, até míseros 512 kbps, insuficientes para aplacar a ira de quem quer baixar aplicativos para o computador, são considerados assim;
- adiamento do pagamento do IPI e do Cofins para as indústrias têxtil, mobiliária, de calçados, de roupas e de autopeças; estes são os setores que mais sofrem com a concorrência estrangeira, segundo os estudos do governo;
- financiamento à exportação e incidência de taxa sobre o faturamento, entre 1% e 2,5%, nas importações;
- isenção de vários impostos, como Cofins, IPI e Cide, para fabricantes de notebooks que estiverem dentro do programa "Um computador por aluno"; a medida não vale para os aparelhos destinados ao mercado doméstico;
- incentivos para pessoas fisicas e jurídicas que contribuírem para as pesquisas sobre o câncer; a medida ainda não vale para pesquisas de outras doenças, como diabetes, Alzheimer, e as vergonhosas doenças causadas por falta de saneamento básico, como dengue, malária, Chagas, esquistossomose e outras.
O pacote de bondades tem tudo para dar certo e vai incentivar a produção industrial, mas não faz garantias contra a gastança incorrigível do setor público. Deixar de nomear "companheiros" e gente dita "de confiança" para economizar o NOSSO DINHEIRO ainda não passa pela cabeça do governo da presidentA.
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