segunda-feira, 23 de abril de 2012

O consumidor de informática navegando em águas agitadas

Já há algum tempo, deixou de ser um bom negócio comprar computadores, notebooks, tablets, smartphones e outros aparelhos eletrônicos com capacidade de acessar a Internet e as redes sociais. 

A tendência de evolução desses aparelhos parece atualmente estar estagnada ou francamente se revertendo, principalmente no caso dos computadores de mesa. Tudo está mais caro, desfazendo anos de tendência à diminuição de preço. A culpa recai sobre a oferta fraca em relação à demanda de diversos componentes como placas de vídeo, processadores, memórias e paineis para monitores, e às enchentes que assolaram as indústrias de discos rígidos na Tailândia. Antes um HD de 1 Tb custava R$ 250,00, no final de 2010. Mas agora custa cerca de R$ 400,00, voltando aos patamares de 2009. Esta situação vai perdurar por alguns meses.

Para tentar consertar isso, o mercado de SSD (Solid State Drive, ou discos de estado sólido), que são memórias flash de maior capacidade, está se expandindo, mas seus produtos ainda são muito caros e o espaço é muito reduzido ainda em comparação aos velhos HD's. Suas qualidades como imunidade às interferências eletromagnéticas, menor tempo de inicialização de sistemas operacionais e programas e ausência de peças móveis são infelizmente encobertas pela limitação nos ciclos de gravação, em torno de algumas centenas de milhares de vezes.

Tudo isso é mais grave no Brasil, onde o mercado de produtos eletrônicos é fortemente dependente do exterior, já que os investimentos em eletrônica nacional, artificialmente estimulados pela Lei da Informática no passado (último quartel do séc. XX), são pífios. Sem falar na eterna questão dos impostos altos. E a demanda por eletrônicos ainda está alta, pois muitos querem comprar o seu tablet ou seu smartphone, adquirir um computador novo ou aposentar aquele já velhinho que roda Windows XP.

Aposta-se que o lançamento da versão definitiva do Windows 8 vá mudar esse quadro e pressionar o preço dos aparelhos que usam sistemas operacionais mais antigos (como o Android e o próprio Windows 7) para baixo. Mas isso não é certo. Vai depender do comportamento dos fabricantes de hardware, fornecedores e consumidores.

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