Nem os ambientalistas de ocasião, representados pelas celebridades e por gente alheia à questão ecológica, e nem os desmatadores que querem transformar matas e regiões de mananciais em pastos ou áreas para ocupação irregular e especulação imobiliária, conseguiram impor sua vontade. E a presidente Dilma resolveu fazer um veto de alguns artigos, considerados polêmicos ou pouco claros, do Código Florestal.
Ainda haverá um longo caminho até o texto final ser efetivamente revisado, sancionado e colocado em prática. O tempo vai dizer se haverá um ponto de equilíbrio entre os ambientalistas (aqueles que realmente trabalham no meio e estudam seriamente os impactos ambientais das atividades humanas e o funcionamento dos nossos ecossistemas) e os produtores rurais (principalmente aqueles dispostos a transformar a terra em uma fonte duradoura de riquezas, assim como os pequenos e os médios produtores rurais que dependem de suas propriedades para ter uma vida digna). Os radicais de ambas as partes podem se manifestar à vontade, pois estamos numa democracia, mas os anseios dos que querem ver o Brasil prosperar devem ser maiores do que os deles. O veto parcial e não total do novo Código mostrou que o bom senso prevaleceu no governo, e espero que isso continue assim.
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