quinta-feira, 17 de maio de 2012

Questões maiores e menores

A imprensa está atenta em relação à "CPI do Cachoeira", mas muita gente está com medo dos desdobramentos, devido à abrangência do esquema montado pelo bicheiro. Muitos explicam isso como a causa da indefinição quanto às convocações dos governadores apontados como envolvidos (Marconi Perillo, Agnelo Queiroz e Sérgio Cabral), de deputados e senadores, do ex-presidente da Delta (empreiteira envolvida no esquema e que tem contrato com obras do governo) e do próprio Carlinhos Cachoeira. Muitos não acreditam que as investigações avancem muito, ainda mais com a reputação de alguns membros da comissão, como o ex-presidente Collor. Já há gente pensando que este escândalo é pior até que o mensalão. 

Por falar nisso, ainda não há uma definição clara de como o STF vai tratar o assunto. O presidente Carlos Ayres Britto vai fazer uma reunião na próxima terça, dia 22, para avançar no julgamento dos responsáveis pelo maior assalto ao NOSSO DINHEIRO da história republicana. Por enquanto, nada a fazer contra José Dirceu, considerado o líder dos "40 ladrões", como são apelidados. E muito menos contra Lula, o ex-presidente que sabe muito mais do que disse ter declarado em 2005, o ano das mesadas polpudas e do dinheiro na cueca. 

Enquanto nada se define, há uma troca de acusações entre os blogs, os jornais e as revistas. Não faltam siglas para difamar os opositores. Blogs e jornalistas simpáticos ou aliados do PT chamam o lado opositor, ou mesmo aqueles que querem investigar mais a fundo o governo, como membros do chamado "PIG" (Partido da Imprensa Golpista). Já os mais aguerridos críticos do governo Dilma chamam os "situacionistas" de "JEG" (Jornais da Esgotosfera Governista), "BESTA" (Blogosfera Estatal) e "PUS" (Partido Unificado da Situação). Toda essa briga é normal num país democrático, mas isso não pode atrapalhar o trabalho da imprensa nem alimentar radicalismos. O direito dos leitores à informação é maior do que o posicionamento político dos jornalistas. Transformar leitores em meros torcedores de uma ou outra causa é algo contrário à ética e ao país. 

Por falar em torcida, é bom que a imprensa esclareça de uma vez por todas se o gol do Vasco anulado pelo árbitro em São Januário no jogo contra o Corinthians, no jogo de ida das quartas-de-final, foi legal ou não. O tira-teima da Globo mostra que o gol foi devidamente anulado, embora os comentaristas da própria emissora divirjam. Já o mesmo recurso utilizado pelo canal fechado Fox Sports lança mais dúvidas, acirrando os ânimos das torcidas.

O que a Globo mostrou (fonte: Globo.com, por meio de um vídeo do Globo Esporte)... 

... e o que a Fox Sports teria mostrado (fonte: Folha Paulistana). Essas questões são menores comparadas com...

... o que a CPI precisa mostrar a respeito do bicheiro Carlinhos Cachoeira (fonte: UOL)...


... e também com as revelações do STF sobre o mensalão (fonte: página oficial do STF, pelo Wikipedia). 

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