segunda-feira, 7 de maio de 2012

O que rolou na Virada

A Virada Cultural é um acontecimento já tradicional na cidade de São Paulo, onde muita gente pode curtir o seu artista favorito, teoricamente de graça. 

Como não podia deixar de ser, houve problemas, inevitáveis neste tipo de evento. O pessoal responsável pela organização do evento foi insuficiente, que o diga Alex Ayala, protagonista de um dos destaques da Virada: a distribuição de sua galinhada (prato típico mineiro). Era para os interessados pegarem uma senha e entrarem em fila. Mas o prato só dava para 500 pessoas, e muito mais gente queria comê-lo. Como resultado, houve tumulto e Ayala literalmente fugiu do evento. Havia também cartazes com conteúdo totalmente estranho à culinária, dizendo: "Veta, Dilma!", repetindo o gesto da Camila Pitanga no Rio contra o novo Código Florestal.



A galinhada do Minhocão terminou em confusão (fotos: Bruno Santos/Terra)

Houve outros problemas, como a morte de uma garota por overdose, assaltos, agressões e a venda de um estranho líquido chamado de "vinho químico", beberagem feita com álcool de limpeza e groselha, para alguns malandros faturarem à custa do envenenamento dos incautos compradores da "bebida". 

Mas nem tudo é sofrimento na Virada. Muita gente curtiu as várias bandas de jazz, reggae, rock, funk e bandas que fizeram sucesso no final do século passado, como Byafra, Titãs, Virgulóides e Michael Sullivan. O cantor sertanejo Tinoco, da antiga dupla Tonico e Tinoco, não pôde vir à Virada por um bom motivo: ele morreu na sexta-feira, aos 91 anos. Rafinha Bastos e Rafael Cortez, cada um num horário diferente, trataram de animar a platéia com seu humor "politicamente incorreto" (principalmente o Rafinha) em formato stand-up, na Praça da Sé. E Gilberto Gil encerrou a festa, na Praça Júlio Prestes.

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