No momento em que o julgamento do mensalão, que provou ser uma iniciativa séria, chega a uma nova fase, outro evento também ocorre - e esta é uma comédia pastelão, histriônica e forçada.
É o anúncio da nova mascote da Copa, o tatu-bola, animal ameaçado de extinção cujo habitat se restringe ao cerrado brasileiro. Ele é dotado realmente da capacidade de se transformar numa bola como mecanismo de defesa. A aparência do bichinho não é exatamente um problema, como se pode ver abaixo.
O problema são os nomes escolhidos para batizá-lo.
Amijubi
Fuleco
Zuzeco
Por mais que justifiquem esses tipos de nomes, não deixam de ser combinações idiotas de idéias bem-intencionadas, como amizade e ecologia, associadas ao futebol. O pobre tatu, se fosse uma criatura real, poderia, para se defender, evocar a Constituição, que proíbe a utilização de nomes ridículos. Os organizadores da Copa, porém, parecem não se importar com isso e agora os três nomes, e só eles, serão submetidos a votação dos ilustres sábios da Fifa, a Federação Internacional de FAcínoras.
Nelson Rodrigues, nascido há 100 anos, já dizia que o brasileiro tem complexo de vira-lata. Pelo menos no sentido de apresentar um evento mundial, esse vira-lata, além de pulguento e sarnento, come qualquer porcaria e engole qualquer coisa dada pela Fifa, até nomes assim para a mascote que vai representar a Copa de seu país. Para estar nesse estado, só sendo um cachorro muito louco, daqueles que nem adianta tomar vacina anti-rábica.
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