Nos anos 1990, Alessandro Zanardi era conhecido por pilotar carros de quatro escuderias diferentes na Fórmula 1: Jordan, Minardi, Lotus e Williams. Não tinha grandes destaques em sua carreira como corredor da F-1, conquistando apenas um ponto no GP do Brasil de 1993, pela Lotus. Fez muito mais sucesso quando se transferiu para a Cart, dissidência da Fórmula Indy, tornando-se bicampeão na categoria, em 1997 e 1998.
Sua carreira de piloto foi aparentemente destruída quando ele se envolveu num acidente em setembro de 2001, na Alemanha. Foi talvez o pior acidente no automobilismo mundial naquele ano, e ocorreu bem na época de outra tragédia mundial, o atentado terrorista contra as torres gêmeas em Nova York. Após fortíssima colisão, ele, além de perder as duas perdas, ainda precisou repor a maior parte do sangue, chegando a estar próximo da morte.
Dois anos depois, recuperado, voltou às pistas, agora com carros adaptados. Nos últimos tempos, passou a explorar outras competições esportivas, chegando a vencer as maratonas de Veneza e de Roma (2009 e 2010, respectivamente), em cadeira de rodas.
Agora, ele voltou às manchetes internacionais ao competir em outra modalidade, o ciclismo categoria H4, para amputados. E venceu. Ganhou medalha de ouro.
Alessandro "Alex" Zanardi
P.S.: Os brasileiros também fizeram bonito até agora nas Paralimpíadas. André Brasil e Daniel Dias não se cansaram de ganhar ouros na natação, enquanto Felipe Gomes venceu nos 200 metros categoria T11 (atletas com deficiência visual que precisam correr com guias) e a equipe de bocha - esporte pouco conhecido por aqui - também ganharam as suas medalhas douradas. Com isso, sem desculpas esfarrapadas e com espírito competitivo, os atletas paralímpicos brasileiros vão mostrando seus resultados - a despeito da maioria deles também terem dificuldades para conseguir patrocínio.
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