Não consegui registrar como gostaria, nem como poderia, os acontecimentos das Paralimpíadas de Londres. E não posso culpar a falta de divulgação do evento, que chamou mais a atenção da mídia do que de costume, embora ainda não tivesse o merecido destaque.
Os atletas paralímpicos brasileiros merecem todo o reconhecimento, não só os ganhadores das 21 medalhas de ouro nesta edição. Também os medalhistas de prata, como Lucas Prado nos 100 m T11 (atletas com deficiência visual), e de bronze, como Felipe Gomes na mesma prova e o veterano Antônio Tenório no judô, representaram dignamente o nosso país. A delegação paralímpica brasileira conquistou 43 medalhas de ouro no total, menos do que em Pequim, quando ganhou 4 a mais. No entanto, em nenhuma outra edição dos Jogos o Brasil conseguiu as já citadas 21 medalhas de ouro.
A última dessas medalhas douradas foi do maratonista Tito Sena. Ele teve de sofrer para conseguir vencer a difícil tarefa de percorrer 42 km. A deficiência física dele não o atrapalhou: está no braço direito, seriamente prejudicado após um acidente (correu na categoria T46). Mas 42 km de corrida é um desafio difícil até mesmo para quem não tem deficiência alguma e goza de perfeita saúde.
Tito Sena foi o último brasileiro a ganhar o ouro em Londres
Com isso, atendeu-se a expectativa do Brasil ficar entre os sete melhores do mundo. E confirmou-se a boa fase do esporte paralímpico no país, apesar da sempre difícil luta pelo patrocínio. Espera-se que o êxito em Londres se repita no Rio, e a mídia aumente mais a divulgação, para convencer aqueles que vêem os deficientes físicos apenas como coitadinhos. São pessoas como nós, e merecem respeito, como qualquer cidadão.
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