Muitos estranharam a premiação do Nobel da Paz, no último dia 12. Até os líderes europeus parecem surpreendidos. A Europa está numa crise terrível, o euro pernamece ameaçado, há risco de distúrbios nos países integrantes, principalmente o mais combalido deles - a Grécia - e ela está envolvida, sim, numa guerra, travada não com armas de fogo, mas com cifras: a guerra cambial, que afeta negativamente a nossa economia ainda muito dependente da exportação de commodities como soja e álcool.
Talvez a justificativa seja a ausência de candidatos dignos de receber o prêmio mais famoso de todos os concedidos pela Fundação Alfred Nobel.
De qualquer forma, é algo estranho, digno de figurar em outra lista: a do IgNobel da Paz, em 2013. O prêmio satírico aconteceu antes, e premia os trabalhos mais bizarros e estapafúrdios do mundo (o deste ano laureou, entre outros, estudos sobre a atividade cerebral de salmões mortos). Premiar a Europa com o Nobel da Paz não está longe de merecer ser lembrado por sua versão paródica, ainda mais com o histórico milenar de guerras sangrentas.
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