quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O esforço da campanha de Serra para o segundo turno

As pesquisas, embora tenham mostrado que não são meios de avaliação muito precisos, ainda servem de guia para muitos coordenadores de campanhas políticas, entre as quais a do PSDB paulistano. 

Visando alcançar os números do candidato do PT, Fernando Haddad, a inteligentsia da campanha tucana em São Paulo apelou para os ataques. Disse algumas verdades a respeito da relação entre o ex-ministro da Educação e os mensaleiros, mostrando também as falhas de seu trabalho em tentar melhorar a educação no Brasil - que foram muitas, e graves, como já abordei. 

Porém, a própria campanha de José Serra também abusa da paciência do eleitor expondo o que o outro supostamente faria, ao invés de se ater ao que o candidato deles vai fazer. Com isso a rejeição ao ex-governador continua altíssima. 

Para piorar, inventaram de colocar no site de José Serra um jogo inspirado nos Angry Birds dos smartphones para mostrar um 'pássaro' Haddad destruindo a cidade juntamente com alguns membros da 'revoada', como Maluf e Dirceu. As brilhantíssimas cabeças responsáveis por isso só esqueceram de alguns 'pequenos' detalhes: a maioria do eleitorado é adulta e não dispõe de um smartphone no bolso. De forma sensata, a Justiça Eleitoral ordenou que retirassem o jogo. Porém, trataram de colocar outro, chamado 'missão impossível', inspirado no seriado e no filme, onde o jogador tenta descobrir o que Haddad fez, de acordo com o tema. 

Essas iniciativas não só não melhoraram o ibope do candidato tucano como ainda viraram motivo de gozação nas redes sociais. Prejudicaram a imagem de Serra como homem sério e sisudo, transformando-o praticamente num bufão histriônico, raivoso, desesperado, decadente - o que está longe de fazer justiça a ele. A campanha petista só está tendo o trabalho de responder aos ataques, inclusive com o conhecido mote petista da 'privataria tucana' e outras coisas que o partido dito 'dos trabalhadores' está acostumado a espalhar nas campanhas para demonizar os adversários. 

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