Pelo menos a novela no sentido estrito da palavra. Avenida Brasil, da Globo, terminou com picos de 53 pontos no Ibope, algo raríssimo de se ver no Brasil.
A novela desviou-se um pouco do tradicional maniqueísmo televisivo para mostrar personagens próximos dos encontrados nas ruas. A heroína, se é que pode ser chamada assim, usou de todo o seu rancor e sede de vingança contra a sua pérfida inimiga e algoz. Como ocorre em várias novelas, os "bandidões" roubaram a cena e atenderam pelo nome de Carminha, Max, Nilo, Lúcio, Santiago...
Carminha (Adriana Esteves) e Nina (Débora Falabella) viraram assunto por vários meses (fotos: Divulgação)
Durante quase sete meses, relativamente pouco para uma novela do horário nobre, muito se falou sobre a espevitada Suelen, o "corno manso" Tufão, o "garanhão" bon-vivant Cadinho e a vida dos moradores do Divino, o bairro fictício do Rio de Janeiro.
Como toda novela, teve que terminar, com o tradicional final feliz entre Nina, a protagonista vingativa, e Jorginho, o filho honesto da megera Carminha.
Este folhetim deixou passar um recado da falta de uma verdadeira justiça no Brasil. A impressão é em boa parte verdadeira, mas o julgamento do mensalão, mesmo com a atuação do revisor Ricardo Lewandowski, está tentando mudar isso. Pelo menos Avenida Brasil terminou de forma mais convencional para as tramas ficcionais, com os vilões punidos. Na vida real, veremos se haverá pelo menos um semi-aberto para José Dirceu e sua quadrilha cumprir.
P.S.: uma boa notícia para quem não aguenta mais o assassinato da nossa música brasileira é o fim do "Kuduro" na abertura, mas ainda restam os tais "sertanejos universitários", bandas emos desafinadas, ritmos funk mal ajambrados e com letras de péssimo gosto, etc., etc.
P.S.: uma boa notícia para quem não aguenta mais o assassinato da nossa música brasileira é o fim do "Kuduro" na abertura, mas ainda restam os tais "sertanejos universitários", bandas emos desafinadas, ritmos funk mal ajambrados e com letras de péssimo gosto, etc., etc.
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