O Oscar 2015 não se destacou tanto na mídia e teve pouca repercussão entre os telespectadores. A cerimônia foi marcada por pouca animação e muitos discursos a favor das mulheres e das
minorias, principalmente os negros. Ironicamente, a maioria dos agraciados era formada por "caucasianos". A grande exceção ficou para os autores da música Glory, para o filme "Selma", sobre Martin Luther King (John Stephens e Lonnie Lynn).
Destaque para a comédia Birdman,
que ganhou a estatueta de melhor filme, e seu diretor, também premiado, o mexicano
Alejandro Gonzales Iñarritú. Eddie Redmayne, que fez o jovem Stephen Hawking, o físico inglês que sofre de esclerose lateral amiotrófica, em
A Teoria de Tudo, roubou a estatueta
de Michael Keaton, o astro de Birdman.
Juliane Moore ganhou por estrelar Para
Sempre Alice, sobre uma mulher relativamente jovem com Alzheimer. Patricia
Arquette levou o prêmio de melhor atriz coadjuvante por Boyhood, e J. K. Simmons, de Whiplash,
foi o melhor ator coadjuvante. O silencioso Ida,
da Polônia, superou o russo Leviatã
na categoria filme estrangeiro. Sal da
Terra, documentário sobre o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, perdeu
a estatueta para Citizensfour, sobre
as atividades da NSA.
A lista completa pode ser lida em vários sites, como o Omelete.
Não é comum uma comédia ganhar o Oscar, ainda mais tendo um super-herói bizarro como protagonista (divulgação)
Lady Gaga também foi destaque, ao homenagear, de forma comportada, o filme A Noviça Rebelde, feito há 50 anos atrás.
Por outro lado, temos o irreverente anti-Oscar, o Golden Raspberry, ou Razzie, cuja cerimônia sempre é feita um dia antes.
Os piores filmes foram
castigados, ou melhor, “premiados” com o anti-Oscar, destacando a fraca comédia Salvando o Natal, mais uma daquelas insuportáveis produções com
este tema, assim como o seu ator principal (que dá origem ao título em inglês, Kirk Cameron's Saving Christmas), o
pior diretor Michael Bay (Transformers 4), a pior atriz Cameron Diaz, a pior
atriz coadjuvante Megan Fox, de Tartarugas Ninjas e o pior ator coadjuvante Kelser Grammar, de Transformers 4 e Os Mercenários 3. Ben Affleck ganhou um “Razzie Redeemer”, pelo conjunto da obra, que começou "premiada" em 2003 com uma framboesa (Gigli) e mais tarde com uma indicação ao Oscar (Argo), mostrando que até um canastrão pode evoluir (embora para muitos Affleck continue a ser um ator limitado).
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