O governo, a contragosto, entrou em acordo com os caminhoneiros, que reivindicavam reajuste no frete, redução no preço (realmente absurdo) do diesel, aumento no limite de peso suportado por cada eixo do caminhão e fim da cobrança de pedágio por eixo suspenso, isto é, por aqueles eixos que não tocam o chão, quando os caminhões estão sem carga. Com exceção do diesel, as outras propostas foram atendidas.
No entanto, esta solução parece uma gambiarra, pois as concessionárias alegam que a não cobrança dos eixos suspensos vai significar o repasse no preço do pedágio para os demais usuários, e mesmo para os próprios caminhoneiros, além do risco maior de acidentes e danos no asfalto, por causa do uso de menos eixos ativos pelos caminhões. E vão recorrer. Enquanto isso, um dos principais alvos da ira dos caminhoneiros, o diesel, não irá baixar. O governo teve a pachorra de aumentar o preço dos combustíveis em uma época onde o preço do petróleo está caindo, para estancar a sangria da Petrobras.
Enquanto isso, os metalúrgicos continuam a protestar contra as demissões e as licenças forçadas devido à queda na demanda de automóveis e o aumento no preço dos insumos para as montadoras.
Os professores vão querer protestar por melhores salários e fim do arrocho no repasse das verbas para as escolas.
Sem-teto, sem-terra e black blocs poderão escolher qualquer pretexto para manifestarem seu descontentamento. No caso principalmente desses últimos, pode haver violência, e não só contra a polícia encarregada de manter a ordem.
Quanto ao restante da população, muitos, principalmente os já descontentes com a reeleição de Dilma, vão sair às ruas no dia 15 de março. Eles irão pedir o impeachment, embora os deputados e senadores afastem essa possibilidade, devido à falta de denúncias diretas contra a presidente no caso do Petrolão. Fora do Congresso, a perda do controle na economia e a corrupção desenfreada são motivo para a perda do mandato.
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