Com a ameaça de escassez de água e energia elétrica, muita gente está tomando providências para economizar. O problema é que algumas medidas acabam não compensando o trabalho.
Água
Se a pessoa está:
- deixando de tomar banho ou fazer banhos rápidos demais e não se higienizar adequadamente;
- usando cloro na água pensando que ele irá limpá-la por muito tempo;
- comprando copos descartáveis;
- comprando caixas d'água com capacidade além do que seu telhado pode suportar...
... com certeza está gastando dinheiro a toa e não contribui adequadamente para a economia.
O problema de não tomar banho é a proliferação de bactérias e fungos, capazes de provocar, além do mau odor, doenças de pele.
Compostos de cloro usados para matar microorganismos só conseguem proteger por curto espaço de tempo, por serem em geral voláteis e perderem efeito depois de alguns dias.
Os copos descartáveis são feitos de PVC e a fabricação desse material envolve gastos expressivos em água, ou seja, a pessoa pode economizar uns litros ao não lavar copos, mas provocará gasto extra de água pela fabricação deles.
As caixas d'água devem ser adequadas ao consumo e podem ser demais para os telhados e outras estruturas nas quais elas se apoiam, pois, por exemplo, uma caixa de mil litros terá uma tonelada de água, mais o peso do recipiente.
Energia elétrica
Da mesma forma, se alguém está:
- comprando lâmpadas de LED ao invés de fluorescentes;
- deixando de usar elevador se mora em um apartamento no último andar;
- recorrendo a "produtos milagrosos" que prometem economizar energia elétrica;
- usando o radiador da geladeira para secar roupas ao invés de usar uma secadora (ou o tradicional varal)...
... está no caminho errado.
As lâmpadas de LED são realmente mais eficientes do que as fluorescentes, além de durarem mais, porém são muito mais caras. Embora haja o problema do descarte, por conterem mercúrio e outros produtos químicos nocivos, as lâmpadas fluorescentes ainda são as melhores no custo-benefício em relação às outras, sejam elas LED, halógenas ou as ultrapassadas incandescentes.
Usar escadas no lugar de elevadores pode ser um belo exercício físico, mas se a pessoa mora nos últimos andares de um prédio o cansaço não irá compensar a energia elétrica supostamente economizada num elevador. Além disso, ele não é usado só pelo indivíduo, mas por todos os moradores do prédio.
Os tais "economizadores de energia" prometem regular o fator de potência para evitar a chamada "potência reativa", que não é consumida mas é cobrada do mesmo jeito pela distribuidora. Esses aparelhos não têm uma boa eficiência e sua compra não vale a pena. É melhor mudar os hábitos de consumo.
Radiadores de geladeira servem para as trocas de calor entre o aparelho e o ambiente e não podem ser usados em hipótese alguma para secar roupas, sob pena de se gastar mais energia e até estragar o eletrodoméstico.
Estas são algumas dicas feitas pelo blog em tempos de seca e crise energética. Existem várias outras, que posso vir a incluir mais tarde.
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