Hoje protestos se espalharam em todo o país pedindo uma reforma política e fazendo pressão sobre o governo. Porém, não se trata de oposicionistas nem pessoas que irão às ruas depois de amanhã, e sim membros dos sindicatos ligados à CUT e outras pessoas filiadas ao PCdoB, ao PSTU, ao PSOL e ao PCO.
Estão revoltados contra a política econômica do governo, considerada recessiva e contrária aos empregos. Também querem uma reforma política, como defendem certos membros do próprio governo, para solapar o poder do PMDB e beneficiar os "defensores das reformas sociais" (leia-se, os aliciadores dos pobres, para torná-los servos do governo e não verdadeiros cidadãos, com autonomia e dignidade). Dizem ser a favor da Petrobras, mas estão preocupados mesmo com as possíveis demissões dos funcionários da estatal, já que a situação econômica da empresa está terrível e necessita de profundo saneamento nas contas, inclusive o estancamento da sangria feita pelos saqueadores que dilapidaram um patrimônio que é do Brasil e não deste ou daquele governo.
Em São Paulo (foto: Paulo Pinto/Terra) e outras cidades, a resposta antecipada aos "golpistas"
Também houve um recado dos manifestantes de hoje a quem vai protestar, mas no dia 15: eles são contra o impeachment de Dilma. Consideram a decisão, considerada inviável pela maioria da classe política e inclusive pelo PSDB, como um "golpe", quando na verdade está perfeitamente amparado pela lei. O que não se pode aceitar é a ruptura do jogo democrático, nem tresloucados exigindo a volta dos militares, e nem aloprados querendo fazer uma reforma política para transformar o Brasil em mais uma ditadura "bolivariana".
Enquanto isso, o dólar subiu com raiva e chegou a escandalosos R$ 3,249, pressionando os preços dos produtos que, direta ou indiretamente, estão cotados na moeda americana, inclusive a soja e o trigo do pãozinho. Isso porque o Brasil ainda não foi reavaliado pelas agências de classificação de crédito (S&P, Moody's e Fitch).
Nenhum comentário:
Postar um comentário