segunda-feira, 23 de março de 2015

Estudo de 1972 mostra o destino da humanidade

2015, até agora, parece um ano terrível. O cenário é o pior já visto no século, e a situação vai piorar antes de melhorar. 

Será que melhora? Segundo estudos feitos em 1972 no MIT, a humanidade está mesmo condenada. Foram analisadas tendências de cinco fatores:

a. Recursos naturais não-renováveis. 
b. Produção de alimentos. 
c. Disponibilidade de serviços. 
d. Produção industrial. 
e. Poluição. 

Estes fatores afetarão a humanidade de tal forma que, em 2030, haverá um pico no crescimento populacional, seguido de um decréscimo, ou seja, a falta de alimentos, a poluição e a escassez de recursos naturais poderá provocar mais mortes do que nascimentos. 

Vários outros parâmetros não foram levados em consideração, como as guerras, o terrorismo e as modernas teorias sobre o aquecimento global. 

Segundo este gráfico, 2015 não será o pior ano do século (Reprodução/Smithsonian)

Os gráficos tracejados e pontilhados são projeções, enquanto os contínuos são os observados pela realidade. Obviamente, até 1972 os gráficos coincidem, depois em menor ou maior grau houve divergências. 

Essas discrepâncias entre teoria e realidade podem indicar que a crise da espécie humana pode acontecer depois de 2030. Ou seja, haverá um alívio por alguns anos, se as guerras, a al-Qaeda, o Boko Haram, o Estado Islâmico e líderes liberticidas não apressarem o processo. 

Após a crise do petróleo, ocorrida um ano após o estudo, houve uma desaceleração no consumo desse fonte de combustível, um dos principais recursos naturais não renováveis. Isso deixou a curva bem divergente daquela projetada em 1972. No século XXI a diferença será bem maior devido ao maior uso de fontes de energia renováveis, além do favorecimento de veículos mais econômicos. 

Devido também à crise do petróleo, a atividade industrial desacelerou, e essa tendência foi agravada pelas crises globais de 1997, fazendo os gráficos teórico e prático, neste ítem, se desgarrarem. 

Um fator fortemente dependente dos anteriores é a poluição global. Sem tanto apetite por combustíveis fósseis e com a atividade industrial pouco menos intensa do que a esperada, ela acabou crescendo menos do que os estudiosos do MIT imaginaram. Porém, ainda está crescendo, e os países poluidores (EUA, China, Japão, União Européia, Brasil) não colaboram adequadamente. 

Por outro lado, os outros dois itens analisados (disponibilidade de alimentos e de serviços) mostraram melhoras maiores do que as esperadas em 1972. Com mais alimentos, a população pôde crescer um pouco mais do que a projeção indicava. 

Com isso a grande crise de 2030 prevista pelo MIT pode ser adiada, mas não debelada. O que aconteceria a partir desse ano, segundo o estudo? Basicamente, o esgotamento dos recursos naturais, que afetaria negativamente a atividade industrial, os serviços e a produção de alimentos, gerando pobreza e fome, causando o declínio da população. 

O problema é que este gráfico não informa as condições neste presente século, onde novos acontecimentos afetaram estes fatores. 

De qualquer forma, as informações contidas no estudo serviram, e ainda servem, de alerta para nós. A humanidade corre sério risco de involuir, e precisaremos nos preparar, principalmente no momento em que os recursos naturais se esgotarem e a população crescer a ponto de se tornar insustentável. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário